Uma era de inovações
Capítulo anterior - O gatewatch recebe uma visita. Chandra e Liliana partem para Kaladesh.
Essa semana, excepcionalmente, o sala de comando cede lugar para um Lore
A cidade de Ghirapur e seus moradores já tinham se acostumado à presença enorme do inquirium, e sua forma de besouro - A unidade de pesquisa sofisticada repousava sobre seis pernas longas de metal, em um canto da praça central de Ghirapur.
No início, o tráfego costumava ficar paralisado, enquanto os motoristas admiravam, de boca aberta, as reluzentes saliências metálicas bulbosas e as antenas de medição de éter.
Agora passavam pela estrutura se nem mesmo notar a sua presença.
O inquirium estava ali, parado por tanto tempo, que uma família de pavões tinha feito sua morada nele, em um sulco no segmento que mais se assemelhava a cabeça do besouro. Mesmo com as constantes errupções de energia que surgiam das entranhas do laboratório, emitindo uma série de estalos e faíscas através da torre de escape, as aves não se incomodavam mais. A vida tinha se adaptado; Ghirapur tinha reivindicado o inquirium como parte de sua identidade, como muitos de seus outros marcos ecléticos. Quase ninguém parava para pensar mais sobre o pesquisador brilhante que vivia ali dentro.
Rashmi tinha esquecido eles também. Ela tinha esquecido tudo, exceto o dispositivo que ela estava projetando.
Apenas alguns meses atrás, o tema do transporte de matéria tornara-se a "nova moda", nas sociedades eterologistas, geralmente moderadas. Dentro do círculo pequeno de inventores, tinha passado de uma teoria que as pessoas não levavam muito a sério, a uma obsessão.
Mas só Rashmi tinha um dispositivo capaz de realizar tal empreendimento. Seu inovador condensador de éter, que passara quase despercebido quando ela o apresentou pela primeira vez, iria agora ser a peça central do transportador. Era como se o condensador tivesse feito exatamente para esta aplicação, como se ela, Rashmi, também tivesse sido feita para esta mesma experiência.
Os padrões de Aether estavam alinhados, tudo estava correndo bem, em direção ao resultado final.
Ela iria fazê-lo. Ela iria completar o dispositivo, bem a tempo para a Feira, bem a tempo de provar ao mundo que era possível.
"Pinça". Rashmi estendeu a mão.
"Pinça". Seu assistente vedalkeano, Mitul, colocou a ferramenta em sua palma.
Ela torceu um pedaço fino de arame no lugar, ouvindo o éter enquanto trabalhava. Conhecer o éter permitia-lhe apertar o fio apenas o suficiente para prendê-lo sem causar pressão sobre o metal.
"Compassos".
Mitul trocou as pinças por compasso de calibre.
"Marca em 3.084."
Rashmi fez a marca. "Estamos definitivamente no limite ."
"Ele aguenta. Eu fiz os cálculos. Três vezes."
Mitul tomou as pinças e deu-lhe um cravador óptico.
Ela fez um buraco na tubulação de metal dourada e, com o cuidado de um cirurgião, inseriu o novo filamento, ligando-o ao resto dos éter-circuitos.
"Isso deve bastar."
Rashmi se levantou, esticando o pescoço, uma onda de emoção e nervosismo correia através dela - Apesar de terem realizado centenas de testes, ela ainda sentia isto cada vez que eles estavam prontos para outro; qualquer um poderia ser o teste que provaria sua teoria. E, especialmente agora, com a Feira tão perto...
"Eu vou ligar."
Movendo-se com uma postura que Rashmi invejava, Mitul caminhou até um vaso que estava na luz do sol que entrava da janela da cúpula acima. Ele arrancou uma flor viva e depositou-a em um vaso em cima da mesa no centro da sala.
"Cobaia 848, pronto." Mitul recuou.
Rashmi tentou não pensou nas outras flores que vieram antes da 848.
Ela ergueu o transportador da bancada e levou-o para a área de teste. Ele tinha a forma de um grande aro de ouro, quase tão grande como a roda de um cruzador Consular. Segurando-o acima da parte superior da flor, Rashmi deslizou um interruptor de filigrana de ouro para ativar a válvula de éter. Vibrações ecoaram de dentro, enquanto o éter azul-brilhante fluía através do anel. Ela abriu-se ao Conduíte, suprimindo seus outros sentidos, para que pudesse ver o éter. O padrão de seu fluxo através do transportador era espetacular. Os ajustes para o projeto tinham alterado o fluxo apenas o suficiente para adicionar um floreio de repetição em intervalos em torno do anel, que a fez lembrar o rabo de um bandar.
Ela tomou isso como um bom sinal; alguns elfos consideravam bandars como sinais de boa sorte.
"Eu acho que pode ser dessa vez, Mitul", ela sussurrou. "Eu posso sentir isso no éter." Suas mãos tremiam.
"De acordo com meus cálculos, esta iteração parece promissora, de fato."
A expressão de Mitul não se alterou, sua conduta permanecia, como sempre, profissional. Ao contrário dela, ele nunca parecia nervoso ou animado antes de um teste; ele era uma força constante e firme no laboratório, sempre focado.
"Pronto?" Ela perguntou.
Mitul assentiu. Ele estava de pé em uma mesa, com o equipamento de medição de éter, o lápis pousado sobre seu diário de laboratório. "Estou preparado."
Você pode fazê-lo, Rashmi silenciosamente encorajou a cobaia 848. "Tudo bem, eu vou estar acionando o transportador em três ... dois ... um ..."
Ela soltou o anel e, em resposta, o éter saiu e ficou pairando logo acima da flor.
"Hora de início anotada." Mitul foi rabiscou. "Medições iniciais gravadas."
Com um suspiro suave, o anel começou a descer, flutuando em direção às pétalas da flor. Os nervos de Rashmi foram engolidos pelo zumbido de éter. Ela era incapaz de desviar o olhar de seu fluxo pulsante, que aumentava à medida que o transportador se aproximava mais e mais de 848. A cadência seguia com cada batimento cardíaco, até que ultrapassou os limites da sua própria estrutura e começou a mudar. Rashmi podia ver as curvas geralmente suaves saltando e fazendo curvas fechadas; As caudas de Bandar foram se enrolando. Ela reconheceu esse comportamento. O éter estava formando os padrões que prometiam desafiar as leis do mundo.
Quando o anel tocou as pétalas de flores, ela ouviu a voz de Mitul como se de uma grande distância.
"Hora de contato marcada."
Rashmi prendeu a respiração.
As pontas das pétalas cintilaram quando o anel passou sobre elas. O transportador de ouro continuou a descer.
Outra cintilação.
E, de repente a integridade estrutural de toda a flor cedeu, e com um "pop" suave, a flor inteira implodiu. Uma respiração depois, e o contorno entrou em erupção, desintegrando-se, cada pequeno pedaço de matéria foi arremessado com extrema velocidade. Os projéteis miniatura acertaram o anel, o transportador estalou, soltou algumas faíscas e queimou, antes que Rashmi pudesse levantá-lo.
"Teste falhou. Cobaia 848 se desintegrou", disse Mitul.
Rashmi suspirou, correndo os dedos ao longo do metal do transportador, avaliando os danos. Ela tinha pensado que desta vez fosse funcionar.
"É de notar," Mitul continuou, "que as medições detectadas nos vestígios de matéria transmutado, indicam que 848 respondeu bem à fase inicial de contato."
"Transmutação pré-transporte?" Os ombros de Rashmi endireitaram-se.
"Parece que sim."
"Bem, então, se esse for o caso, só tem que proporcionar um ambiente mais estável."
"Meus pensamentos exatamente", disse Mitul. "Encontro-me inclinado a sugerir que executemos o nosso próximo teste com um fluxo menos turbulento de éter. Se aumentarmos o diâmetro da tubul-"
"Vamos reduzir a turbulência do fluxo inicial, e diminuir a volatilidade!" Rashmi terminou por ele. "Mitul, isso é brilhante!"
"Eu acredito que a hipótese é bastante promissora, sim."
Era exatamente por isso que eles trabalhavam tão bem juntos. Nenhum deles jamais ficava desencorajado por muito tempo. Rashmi tinha o Grande Conduíte para lembrá-la de que ela estava no caminho certo, e Mitul tinha sua crença no método iterativo de pesquisa. Embora ele nunca questionasse seu relacionamento com o Grande Conduíte, Rashmi tinha a sensação de que Mitul não acreditava naquilo. Ela assumiu que, como a maioria vedalkeanos que ela conhecia, ele acreditava no processo interminável de trabalhar, sucessivamente mais perto de uma solução, repetindo o método anterior com uma ligeira variação. Embora ela não entendesse como alguém poderia encontrar inspiração com essa metodologia, ela nunca o questionou. Não importava que suas filosofias fossem diferentes; a razão para a sua motivação não importava. Era o espírito otimista e compromisso com suas pesquisas que os unia. E não se passava um dia sem que Rashmi não se sentia feliz por ter encontrado um parceiro de pesquisa talentoso e amigo, como Mitul.
O vedalkeano tirou os olhos do seu livro de registros.
"Por um acaso, temos justamente essa tubulação na sala de armazenamento. Eu vou pegá-la, e volto em breve." Ele estava no meio da sala antes de ele terminar de falar. E por sua vez, Rashmi já estava atolada até os cotovelos no anel do transportador, trabalhando nos reparos.
Rashmi tentou ignorar qualquer distração, ela sabia que a data circulada no calendário se aproximava rapidamente. As qualificatórias para a feira, ocorreriam em menos de uma semana. A Feira era a sua chance de mostrar o transportador para o mundo, mas, o mais importante, para os juízes e benfeitores. Ela iria ganhar, disso ela estava certa, e então ela teria mecenas e patrocinadores para a sua pesquisa. Ela teria o apoio do Consulado em vez de uma fonte de éter diminuindo. Talvez ela teria até a sua própria força de trabalho autômato, para preencher o inquirium.
Mas isso era o futuro.
Agora, era hora para o cobaia 849.
"Cobaia 887 pronto."
A voz de Mitul estava rouca; nem ele nem Rashmi tinham dormido em dois dias.
Era a tarde das qualificatórias, e eles ainda não tinham executado um teste bem sucedido. Esta era sua última chance. Se este teste fosse um sucesso, eles teriam tempo suficiente para empacotar o anel, carregá-lo em um carro, e fazer o seu caminho para a arena, a tempo para a sua qualificação.
Se este teste fosse um fracasso, tudo estava acabado.
Rashmi segurou o anel sobre a flor ligeiramente murcha. Seus braços tremiam, não de emoção, mas de fadiga. Por que o Conduíte a trouxe a este ponto se ele não queria que para ela ganhasse na feira? Por que ele a empurrou para isto apenas para ela falhar? Ela queria gritar. Mas ela não o fez. Naquele momento, ela viu Mitul conter um bocejo, e agitou-se algo dentro dela.
Ela não podia desistir, ainda não.
Ainda há mais uma chance, recordou-se. Ela fez uma tentativa de limpar sua mente de pensamentos cínicos. Ela disse a si mesma que talvez ela e Mitul foram feitos para lutar até o último momento. Talvez tudo isso foi parte do plano que o Grande Conduíte estava tecendo. Talvez este seria o seu momento.
"Tudo bem, aqui vamos nós", disse ela, com tanto glamour, quanto conseguiu reunir. "Em três ... dois ... um ..."
Ela soltou o anel.
"Hora de início experimental marcada." Mitul fez uma marca no livro. "E medições registradas." Ele esfregou os olhos avermelhados.
Rashmi tentou assumir o papel de um observador objetivo, mas quando o anel mergulhou em direção às pétalas da flor, ela encontrou-se, mais uma vez segurando a respiração e esperando. Tinha que funcionar dessa vez. Ia funcionar...
O anel tocou as pétalas . "Hora de contacto marcada", disse Mitul.
As pétalas piscaram. Não implode. Não implode, Rashmi implorou.
Outra cintilação.
E outra.
O anel estava a meio caminho pela flor. A agitação tomou conta de Rashmi. Isso!. Ela assistia com admiração enquanto padrões abriam um caminho através do espaço. Olhando para dentro do éter quase podia ver o buraco se formando no tecido de seu mundo. Ela se arrependeu de ter duvidado. Ela mal podia acreditar no que estava acontecendo diante de seus olhos.
A flor inteira piscou, dentro e fora, cada músculo do corpo de Rashmi ficou tenso, e então-
POP! A flor implodiu.
As entranhas de Rashmi congelaram-se. Não. O anel estalou e faiscou. Não...Não! Isto não era o que deveria acontecer. Não pode ser.
"Teste falhou. Cobaia 887 se desintegrou", disse Mitul.
Rashmi nem sequer se preocupou em tentar levantar o anel, para evitar os restos da explosão da flor. Não havia nenhum em ponto salvar o equipamento - tudo estava acabado. Ela se virou, incapaz de assistir mais. Vagamente, ela ouviu o barulho do anel sobre a mesa, o som do toque, em sua cabeça, como o sino final na academia.
O teste tinha acabado e ela tinha falhado.
"Adendo: no tempo sucedendo à conclusão gravada do ensaio envolvendo a cobaia 887, a observação continuada revela que parece haver uma diferença na maneira como matéria orgânica e inorgânica são afetadas pelas ondas etéricas de espaço."
A voz de Mitul tomou conta de Rashmi como água sobre uma ferida exposta.
"Mitul, não há motivo para continuar os registro." Ela olhou para os avisos vermelhos de atraso na mesa . "Eu deveria ter dito há muito tempo. Eu sinto muito, mas o inquirium-"
"Rashmi," Mitul interrompeu. Era estranho ouvi-lo usar seu nome; ele raramente se dirigia à ela. "Rashmi!"
Algo em sua voz a fez virar-se.
"o-olhe." Ele estava apontando para o canto do laboratório, seus olhos piscando rapidamente.
Rashmi seguiu o seu dedo. Ali, encostado na parede dentro de um pequeno círculo inscrito, estava o vaso.
Rashmi engasgou. Ela olhou de volta para a mesa no centro da sala; apenas o anel estava lá. Seu primeiro pensamento foi que era um truque de seus olhos. Podia ser um vaso diferente. Mas não havia dúvidas; era o vaso. Ele tinha passado duas barreiras de ferro, uma pilha de equipamentos, e o próprio Mitul, e agora ela repousava suavemente contra a parede, perfeitamente dentro do círculo destinado à flor.
Rashmi riu. Uma risada incrédula. Ela poderia ter continuado rindo, mas o coração dela pulou em sua garganta, quase a sufocando. Ela não conseguia sequer articular uma frase completa.
"Mitul-Mitul-n-nós-"
"Sim." Mitul ainda estava piscando rapidamente. "Nós transportamos, com sucesso, matéria inorgânica através do espaço."
"Ha! Nós fizemos isso!" Calor e umidade pressionaram contra a parte de trás dos olhos de Rashmi e ela correu para o seu amigo, jogando os braços em volta do pescoço do vedalkeanos . Ela apertou. "Nós realmente fizemos isso."
"Sim, nós fizemos", disse Mitul, desembaraçando-se de seu abraço. "Agora, eu devo me concentrar em registrar esses resultados. Não posso me permitir ser arrastado em distrações emocionais, quando há ciência em jogo."
Rashmi riu de novo; Parecia ser a única reação que ela era capaz no momento.
"Mas não confunda isso com a falta de entusiasmo." Mitul ofereceu o menor dos sorrisos, o ligeiro aumento dos cantos da boca. "Estou bastante animado. Oh, sim, muito." Mas ele concentrou-se, colocou o lápis no papel, e limpou a garganta. "Agora, vamos lá:. No que diz respeito ao teste mais recente, parece que o feedback que estamos observando foi gerado pela interação entre matéria orgânica e espaço trans dimensional. Nós aplicamos a iteratividade ao nosso projeto, mas nunca à natureza das cobaias. " O foco da Mitul sobre os fatos parecia ter dado a ele o controle de suas pálpebras.
E o som reconfortante e familiar de sua voz trouxe Rashmi para si mesma também. "A feira!" ela gritou.
O foco de Mitul continuava ininterrupto. "Eu agora vou avançar para a análise de todas as características observáveis do vaso, para garantir que transporte foi comp-"
"Não, Mitul, não há tempo!" Rashmi agarrou o transportador fora da mesa. "Nós temos que chegar à Feira, às qualificatórias!"
"Oh!" Mitul virou, com os olhos brilhando. "Oh, sim, você está certa." Ele quase deixou cair seu diário. "Eu estou experimentando uma corrida de adrenalina, e eu mal estou pensando. Vou concluir a documentação quando voltar. Se nós embalarmos agora, devemos ter apenas tempo suficiente para acondicionar o dispositivo em uma embalagem segura e adequada, carregá-lo no carro, e transportá-lo num trânsito, que, com certeza, estará lento, exigindo uma velocidade reduzida de transporte. E temos que chegar na arena uma hora antes a nossa demonstração de qualificação agendada. "
"Perfeito." Rashmi estava inspecionando o anel. "Mas vamos precisar de um novo filamento em primeiro lugar. Este queimou."
"Deve ser devido ao contacto inicial com a matéria orgânica", disse Mitul. "Eu prevejo que não vamos ver tal comportamento quando transportarmos apenas matéria inorgânica."
"Vamos esperar que não." Rashmi foi na bancada desmontando a filigrana para acessar o filamento. "Eu prefiro não entreter os juízes com uma exibição de fogos de artifício."
"Não, eu suspeito de que não seria algo bem recebido." Rashmi jurou que ouviu Mitul rir quando ele se lançou em direção à sala de armazenamento.
Rashmi correu os dedos sobre a filigrana. Havia alguns amassados e arranhões, mas nada que devesse interferir com a funcionalidade. A funcionalidade que transportou a matéria pela sala! "Nós realmente fizemos isso", Rashmi sussurrou. Ela olhou por cima do ombro para o vaso. Parte dela não acreditava que ele estava realmente lá, mas era verdade. "Eu nunca deveria ter duvidado." Ela fechou os olhos. Lá estava o Grande Conduíte, brilhando intensamente na frente dela. Seu calor a envolveu. Ela estendeu a mão para ele.
"Não temos outro filamento."
Ao som da voz deMitul, os olhos de Rashmi se abriram. Ele gaguejava ao entrar no quarto. "Eu sabia que nosso suprimento estava diminuindo. Eu deveria ter pedido mais, mas não havia tempo. As iterações não permitiram. Mas isso não é desculpa - esta responsabilidade cabe a mim. Eu não espero que você seja capaz de perdoar o meu erro. "
Seus doze dedos voavam em volta do rosto azul longo.
"Mitul, está tudo bem." Rashmi colocou a mão em seu ombro. Sentia-se estranhamente calma. Ela podia sentir a orientação do conduíte, e ela sabia exatamente o que fazer. "Embale o dispositivo", disse ela. "Nós vamos levá-la ao mercado, obter um filamento lá, e, depois, voltar para a Feira. Nós ainda devemos chegar à arena a tempo para a nossa qualificação".
"Oh." Mitul piscou. "Ah sim." Ele deixou escapar um longo suspiro. "Isso pode muito bem dar certo."
"E vai", disse Rashmi. "Este é o nosso momento."
Rashmi protegeu os olhos contra o brilho.
Tudo brilhava à luz do sol minguante: os autômatos de metal polido, a arquitetura brilhante, e os banners, fitas e grinaldas que cobriam a praça.
A feira dos inventores tinha sido construída em torno do inquirium enquanto eles trabalhavam, nos últimos meses, alheios a tudo isso.
Era como um mundo diferente, fora do laboratório, um que era um labirinto gigante e reluzente, de metal e celebração. Mas não havia tempo para nada disso agora. O conduíte a guiava com urgência. "Por aqui," ela disse para Mitul, apontando para as grandes penas de pavão na distância, que marcavam a entrada para o mercado. Mas antes que pudesse dar um passo, um autômato entrou em seu caminho.
"Bem-vindo à Feira dos Inventores!" ele disse com júbilo. "A interseção de criatividade e gênio."
Ela virou-se para evita-lo, empurrando o carrinho com o transportador em volta dele, mas um segundo surgiu.
"Não perca as corridas de dragster de propulsão na Ovalchase! Adquira seus ingressos agora."
Rashmi recuou, procurando uma saída.
"Visite o jardim zoológico de cem acres! Centenas de Construtos animais!"
Ela estava sendo cercada.
"Talvez possamos encontrar um caminho alternativo por aqui." Mitul liderou o caminho e Rashmi seguiu, assim como um punhado de autômatos.
"Maravilhe-se com a arquitetura cogwork, projetada por alguns dos metalúrgicos mais célebres do Ghirapur. Não é incrível?"
"Sim sim." Mitul acenou ao autômato. "Nós estamos em um pouco de pressa."
Ele não desanimou. "Confrontos autômato são mais o seu estilo?"
"Não. Se você me perdoar ..."
O autômato se recusou a deixar Mitul passar.
"Por favor, lembre-se que gremlins não são permitidos no recinto da feira."
"Claro que não, isso seria absurdo. Agora, devo insistir"
"Abstenha-se de sair com éter da feira. E se você testemunhar qualquer atividade suspeita informe a Guarda Honrosa mais próximo ou Autom-"
"Por favor, saiam do nosso caminho!" Mitul empurrou o autômato. "Pronto." Ele acenou para Rashmi. "Eu acredito que agora podemos chegar ao mercado."
Rashmi apressou-se a empurrar o carrinho pelo autômato cambaleando, que estava dizendo a eles para desfrutar o seu tempo na Feira dos Inventores. Ela nunca tinha visto Mitul tão irritado antes. Ela olhou para ele, examinando-o por um momento; era possível que ele estava sentindo o Conduíte também? Talvez um dia ela poderia ainda convencê-lo de que havia forças que a sua visão analítica não podia explicar.
Juntos, eles foram em direção ao mercado de filigranas douradas.
O sol estava mergulhando sob as penas maciças do portão do mercado, enquanto corriam para a Nona Ponte e invadiam a loja de Remi. As engrenagens de bloqueio na porta gritaram quando Rashmi passou com o carrinho. Os aromas de metal polido, ferrugem doce, e graxa os cumprimentaram -normalmente um buquê que acalmava os nervos de Rashmi, mas agora ele só serviu para aumentar seu senso de urgência.
Ela pescou o filamento quebrado de seu bolso. "Nós estamos procurando a série WP", ela disse a Mitul. Ambos sabiam exatamente onde procurar. A parede de trás com nichos perfeitamente organizados e codificados por cores. Eles tinham comprado a maioria dos seus equipamentos com Remi ; ele tinha os melhores preços e os deixava ficar para assistir as batalhas autômato clandestinas.
"Deve ser..." Mitul tirou um nicho verde. "Aqui."
Ele estava vazio.
Rashmi entrou em pânico, mas apenas por um momento. "Eu tenho certeza que ele tem alguns na parte de trás. "Remi!" ela chamou, avistando o lojista azul entre as prateleiras.
"Será? Eu ouço ...? Rashmi! Mitul! Quanto tempo!" Um Remi sujo de graxa foi na direção deles, limpando as mãos em um pano. Ele jogou o pano por cima do ombro antes de abraçar Rashmi. "Você está aqui para-"
"Precisamos de um filamento", Rashmi o cortou.
"Série WP". Mitul estava segurando o cubículo vazio.
"Hã?" Remi olhou para o cubículo. "Acabaram esses também? Estes inventores são piores do que gremlins, eles vão acabar comigo."
"Você deve ter algum na parte de trás", disse Rashmi, lutando para manter seu senso de crescente temor em cheque.
"Acho que não, amiga." Remi sacudiu a cabeça. "Os fundos estão tão limpos quanto aqui. Tem sido uma correria sem fim, desde que o primeiro trem chegou de Peema. Você pensaria que estávamos sob ataque. Todo mundo precisa de um sobressalente disso, ou um substituto daquilo. Eu não serei capaz de reabastecer até o carregamento de Lathnu chegar".
"Um carregamento. Quando?"
"Oh, daqui uns três dias ."
A última gota de decoro de Rashmi despedaçou-se. "Não, não, não. Remi, precisamos do filamento agora. Por favor, você tem que ter alguma coisa."
"Eu queria poder ajudar. Você sabe que dois são meus inventores favoritos."
Eles não seriam inventores por muito mais tempo se não conseguissem um filamento - Imagens de avisos de atraso passavam na mente de Rashmi. As palmas das mãos começaram a suar. De repente, a loja parecia muito pequena.
"Ah, bem, então temos de fazer a próxima coisa lógica." A voz de Mitul era firme, mas seus doze longos dedos se atrapalharam ao colocar o nicho vazio de volta no lugar. "Temos de verificar as outras lojas."
"As outras lojas." Rashmi engoliu a histeria. "É lógico. Sim."
"Pelo que ouvi, todo mundo está seco como uma caixinha de éter vazio", Remi disse.
Mas Rashmi já estava a meio caminho pelo corredor, empurrando o carrinho. Ela correu para fora e virou direto para a próxima loja na ponte. Ela iria em todas, se fosse preciso.
"Sinto muito..."
"Queria poder ajudar, mas ..."
"Você, sabe, você é a segunda pessoa a pedir uma série WP hoje ..."
"Tem sido uma correria louca ..."
"Volte amanhã..."
"Não temos mais nada..."
Parecia que não havia um filamento WP sequer, em toda Ghirapur.
Exaustão se estabeleceu, e Rashmi caiu contra o parapeito da ponte. Mitul voltava das lojas do outro lado, com os olhos baixos. Ele exalou. "É minha culpa."
Não era, mas Rashmi não conseguia dizer o contrário. Não agora. Ela afastou o cabelo longo de seu pescoço, enquanto observava o sol afundar na água, à distância. Sua demonstração deveria iniciar a qualquer momento, e eles iriam perde-la.
Ela já não estava em pânico, não mais com raiva, ela estava apenas com o coração partido.
Era mais do que apenas o transportador de matéria; era o inquirium também. Sem os clientes e patrocinadores que ela conseguiria na feira, eles perderiam tudo. Era hora de contar para Mitul.
O estômago de Rashmi apertou-se. Ela ficou olhando diretamente para um autômato de correio passando, para não ter que encarar seu amigo.
"Mitul, nós vamos ter que fechar o inquirium. è minha culpa, eu gastei tudo que tínhamos nesse projeto, e..."
A voz dela falhou, ela não conseguia terminar.
"Eu sinto muito, trabalhar ao seu lado por esses 3 anos foi uma grande honra"
Antes que ele pudesse responder, ela pegou o carrinho e foi embora.
O inquirium não era onde Rashmi queria estar agora, mas ela não queria estar em qualquer outro lugar na cidade, também.
A emoção e adrenalina da celebração, lá fora, eram demais para ela. Ela arrastou a caixa pelos degraus e abriu a porta. Ela tinha que começar a empacotar suas coisas; não havia nenhum motivo para deixar pra depois.
"Então, você está viva!" O som da voz de sua amiga quase derrubou Rashmi nas escadas.
"Saheeli?"
A jovem inventora brilhante estava em pé no meio da oficina, praticamente brilhando na teia elegante e brilhante de metal colorido, elegantemente disposta em torno de seus braços e cintura. Ela parecia o sol em um dia nublado.
"Eu estive procurando você por todo lado." Saheeli disse e franziu as sobrancelhas. "Você está com uma aparência horrível. O que está fazendo aqui? Você acaba de ser chamada na arena."
Lágrimas brotaram nos olhos de Rashmi; ela estava impotente para detê-las.
"O que foi?" Saheeli estava ao seu lado, um braço em volta do ombro de Rashmi. "O que aconteceu?"
Rashmi sacudiu a cabeça. "Acabou. Um filamento quebrado, bastou isso. E não há substituições. Não em toda a cidade." Ela deixou as lágrimas caírem.
"Oh. Shhh, shhh". Saheeli esfregou as costas de Rashmi. "É sério isso? Você tinha um pedaço danificado de metal e você não pensou em me chamar?"
Rashmi fungou. "Você?" E então ela arregalou os olhos. "Você! Você pode consertar!!!"
Claro que Saheeli podia. Ela era um mestre com metal, usava as peças mais delicadas em seus projetos; ela poderia corrigir quase tudo. No pânico, Rashmi sequer pensou em Saheeli. Seus meses de reclusão a tinham feito esquecer de tudo e todos, fora do inquirium.
"Bem, então, de-me aqui." Saheeli estendeu a mão, impaciente.
Rashmi tirou de seu bolso o filamento quebrado, mas se deteve antes de entregá-lo. "Não há razão... Eu perdi minha demonstração."
"Oh, eu não me preocuparia com isso", Saheeli sorriu conspiratória. "Eu conheço Padeem bem o suficiente. Tenho certeza que se eu contar a ela sobre esse condensador de éter de vocês, ela vai ficar curiosa demais para não querer dar uma olhada."
"Você faria isso?"
"É como você disse, o condensador pode não ser chamativo, mas é o tipo de invenção que outros podem usar em seus projetos. Quem sabe no que ele pode ser usado um dia."
"Na verdade, eu sei de pelo menos uma coisa", disse Rashmi, incapaz de conter sua excitação. "Saheeli, eu fiz isso, nós fizemos isso. Mitul e eu projetamos um transportador de matéria, e funciona! Nós teleportamos um vaso de um lado da oficina para o outro." Ela apontou para o vaso . "Dá pra acreditar? Eu nem sequer sei exatamente como nós o fizemos. As equações parecem indicar que estamos a trabalhar com as forças fora dos reinos deste mundo. Quando eu olho para o éter, eu posso vê-lo, partindo-se, abrindo um caminho, um caminho através do infinito. é brilhante, é altivo! vai surpreender Padeem e o resto dos juízes. E é tudo graças a você. " Ela ofereceu o filamento Saheeli. "Estou em dívida, de verdade."
Mas Saheeli não pegou o filamento, não fez nenhum movimento.
"O que foi?" Rashmi perguntou.
Saheeli baixou os olhos e deu um passo para trás. "Sinto muito. Eu não quero fazer isso. Eu não quero magoa-la, minha amiga. Mas eu não posso."
"Não pode o quê?" Rashmi estava confusa.
Saheeli sacudiu a cabeça, levantando as mãos. "Eu não posso ajudá-la."
"Mas você disse-"
"Você disse que era um condensador de éter." Saheeli parecia estar ficando chateada.
"Sim. Mas, depois, fiz isso. Isso é muito melhor, muito mais."
"Você não sabe disso. Você nem sabe como ele funciona. Você não sabe as possíveis consequências do que você projetou. É muito perigoso."
Rashmi mal podia fazer sentido do que Saheeli estava dizendo. "Claro que há perigos, mas vamos executar mais testes, vamos fazer uma iteração sobre ele. É exatamente por isso que precisamos ganhar a feira. Preciso do apoio do Consulado, para que possamos aperfeiçoar o design. Nós estamos na borda de alguma coisa aqui, algo surpreendente que vai mudar o mundo ".
"Alguma vez você pensou que, talvez, há mudanças que o mundo não precisa?" Saheeli estalou. Ela passou por Rashmi e se dirigiu para a porta.
"Onde você vai?" Rashmi perguntou, lutando para compreender o que estava acontecendo.
"Eu não quero magoa-la", disse Saheeli novamente. "Mas eu não posso te ajudar."
"Espere." Pela segunda vez naquele dia, o pânico tomava conta Rashmi. "Saheeli, por favor. Eu não entendo. Preciso de sua ajuda." Ela correu atrás de sua amiga e agarrou seu braço. "Por favor."
Saheeli virou, suas bochechas e os olhos avermelhados. "Eu disse, eu não posso ajudá-la. Talvez você esteja muito envolvida para perceber, mas o que você fez aqui não é algo que deve ser feito."
Rashmi olhou para sua amiga em estado de choque. Sua confusão se transformou em raiva. "Eu pensei que você acreditava em inovação sem limites. Eu pensei que você queria ver coisas extraordinárias acontecerem. Eu pensei que você queria ajudar a fazer coisas extraordinárias acontecerem."
"Isso não." Saheeli puxou o braço livre. "Eu tenho que ir." Ela desceu as escadas.
A raiva de Rashmi transbordou. "Então, o quê? Você só acredita em inovação quando é que você faz? Só quando você recebe toda a atenção?"
O pescoço de Saheeli se endureceu.
"Você vive sua vida no centro das atenções, Saheeli. Bem, é a minha vez agora. Está com ciúmes? Você está preocupada que sua invenção não vai ser a coisa mais brilhante na Feira?"
As mãos de Saheeli fecharam-se em punhos, mas ela não se virou.
Rashmi assistiu a mulher que ela pensava ser sua amiga ir embora, quando ela mais precisava dela.
Saheeli tinha participado de duelos autômatos com os renegados por toda a noite.
Não tinha ajudado.
Depois de deixar inquirium de Rashmi, ela tinha vindo diretamente para a Arena principal - o local para julgar durante o dia, e afundar-se nos duelos pela noite. Felizmente, existiam muitos inventores ansiosos para testar as suas criações, porque ela não podia esperar outro momento para afundar as garras de seu autômato em algo que ela pudesse quebrar.
Desde da primeira partida, ela destruíra pelo menos duas dezenas de criações metálicas. Muitos dos restos mortais ainda estavam sendo removidos para fora da arena. Agora, com o sol nascendo, ela estava controlando um de seus projetos favoritos, um pássaro aerodinâmico, que enfrentava um autômato verde brutal. Na sua opinião, a invenção elevando-se do outro lado da arena parecia um pouco com um dos gigantes que, ocasionalmente, migravam através da cidade.
Mais uma razão para esmagá-lo.
"Que a batalha comece!" o locutor anunciou.
A multidão nas arquibancadas aplaudia, enquanto Saheeli lançava seu pássaro em um ataque, apontando para o pescoço do autômato gigante.
No alvo! Um ataque perfeito. Apitos e buzinas ressoavam enquanto o bruto balançava. Mais uma batida direta e que ela iria derrubá-lo.
Ela resmungou em aborrecimento. Não estava funcionando. Se apenas um desses inventores fizesse algo que fosse um desafio, algo que tirasse sua mente de todo o resto. Ela tinha vindo aqui para uma distração, mas durante toda a noite, ela tinha conseguido pensar apenas no transportador de matéria, o rosto de Rashmi, e suas palavras cortantes.
Saheeli circulou com o pássaro ao redor para um segundo ataque. Como Rashmi se atrevia a acusá-la de ser invejosa? Inveja sequer tinha passado por sua mente, quando sua amiga contou-lhe ela sobre o transportador de matéria.
Como ela ousava?
Saheeli enviou o pássaro para outro ataque ao pescoço, mas desta vez o bruto o bloqueou. Algum tipo de protrusão tinha crescido no ponto fraco.
Nada mal, ela pensou, silenciosamente elogiando seu oponente. Mas ela já sabia como contornar isso. Ela retirou o pássaro de seu mergulho e enviou-o cambaleando, para cima, para ganhar impulso para um terceiro golpe.
Ela tinha feito a coisa certa, a única coisa que podia fazer. Ela tinha a responsabilidade de ser um Planeswalker, sabendo o que ela sabia sobre as eternidades cegas. Não havia dúvida em sua mente que o dispositivo do Rashmi tinha potencial, muito além do que o elfo percebeu. E que não era seguro, não para Rashmi, e não para qualquer outra pessoa em Kaladesh.
Ela tinha feito a coisa certa.
O pássaro de Saheeli mergulhou por traz do bruto, atingindo-o, com seu bico, na parte de trás do pescoço. As bancadas ficaram caladas, e o público levantou-se. O bruto oscilava como um para-éter em uma tempestade, mas não caiu.
Bem. Outro golpe então. Saheeli preparou-se para um ataque final.
Rashmi admitiu ela mesma; ela não entendia sua equação. Ela estava rasgando buracos no espaço sem considerar as consequências. Foi para protegê-la, para salvaguardar este mundo, mesmo que isso significasse dar as costas à sua amiga.
Ela enviou o pássaro para a frente, esquivando-se dos golpes dos braços verdes, acertando no peito do autômato. Com um longo gemido baixo, o gigante caiu de costas para o chão, com um estrondo retumbante.
A multidão aplaudiu.
"Mais um ponto para Saheeli!" O locutor vibrava. "O que soma vinte e cinco para a noite!"
Mais aplausos.
Saheeli fez uma reverência, mas ela já estava procurando o seu próximo adversário.
"E parece que é isso por hoje, fãs de batalha. A Feira vai abrir as suas portas em breve e nós não quer ser pego de surpresa em sua arena principal. Eu, por exemplo, não quer ver o olhar no rosto do Inspector Baan se ele descobrir que estávamos aqui. "
Os aplausos cessaram, e houve um embaralhamento coletivo de pés fazendo o seu caminho para as saídas.
"Obrigado por se juntar a nós", disse o locutor. "Lembre-se de procurar descobrir onde a batalha de hoje à noite vai ser."
Isso foi uma alusão ao código renegado usado para passar informações sobre batalhas autômato e afins. Saheeli poderia facilmente descobrir para onde ir depois de escurecer, mas ela não queria esperar um dia inteiro. O que ela deveria fazer até hoje à noite? "Oh vamos lá!" ela chamou a partir do centro da arena. "Dá tempo pra mais uma. Quem é o próximo?" Ela olhou ao redor, mas ninguém prestou-lhe qualquer atenção. Os outros concorrentes foram saindo o mais rápido que puderam. A arena já estava quase vazia.
"Covardes", ela murmurou baixinho.
Se fosse possível, ela se sentia mais frustrada do que quando ela tinha chegado. Esta foi a primeira vez que uma boa rodada de batalhas autômato não tinha limpado a sua cabeça. Irritada, ela partiu pela saída mais próxima.
A multidão estava enchendo o recinto da feira rápido. Os portões já deviam estar abertos. Saheeli não estava no clima para multidões. Ela não estava com disposição para qualquer coisa, além de outra batalha. Talvez pudesse encontrar algo na Gonti. Ela contornou a rua mais movimentada e abriu caminho em direção ao portão principal. Ela tinha feito a coisa certa. não tinha? O transportador era um assunto muito perigoso. Não era?
"Era", disse ela para si mesma. "É."
"É ela!" uma pequena voz soou a partir da esquerda da Saheeli.
Saheeli se encolheu e abaixou, simultaneamente. Ela viu o dono da voz, borbulhando prazer, e ela sabia exatamente o que iria acontecer se ela não tomasse uma ação evasiva. Um giro rápido, e ela estava indo para o outro lado, mas dois passos depois, ela foi bloqueado por um cordão.
"Lá!" A mesma voz levantou-se acima do barulho da multidão.
Saheeli virou-se apenas para encontrar um outro cordão de isolamento. Ela virou a esquina... mais cordões!
Maldição! eles estavam por toda parte.
"Desculpe-me. Desculpe-me." Alguém bateu em seu ombro. Saheeli inalou um longo suspiro, tentando organizar seu rosto em algo que poderia, pelo menos, passar por não-assassina.
Ela virou-se.
"Sim."
Era uma anã vestida em uma saia azul e colete, segurando a mão de um anão ainda mais jovem que usava um par de óculos. "Minha filha diz que você é Saheeli", disse a anã mais velha.
"Saheeli Rai, famosa inventora, brilhante metalúrgica, e mais renomada luminar do nosso tempo", a anã mais nova desfiou os elogios.
A mãe corou. "Sim, bem, vamos descobrir se é ela primeiro."
"É sim!" a jovem anã sorriu, apontando para uma foto de Saheeli no livreto de autógrafos da feira. Ela leu a página "," Mais conhecida por sua habilidade sem precedentes para criar réplicas realistas de qualquer criatura ou construtos que ela ver. 'O que é muito legal ". Seus olhos se arregalaram para quando ela olhou para Saheeli.
"Eu vou ser um inventor como você algum dia."
A mulher, que estava tentando abafar sua filha, finalmente conseguiu. "Sinto muito", disse ela. "Zara está tão animada de estar aqui. Ela só fala sobre isso, há meses. Você se importaria de dar um autógrafo para ela?"
A jovem anã ergueu o livro, aberto na página com a foto de Saheeli.
Saheeli suspirou; ela não podia dizer não. Ela pegou a caneta.
"Você pode assinar ao lado da sua citação", disse a jovem anã. "É a minha favorita de todas as citações".
Saheeli encontrou a citação, e escreveu o nome dela. Mas parou pela metade, enquanto lia suas próprias palavras.
Há momentos para regulamentos e regras, mas essa era de inovação não é um deles. Temos que avançar sem medo. Temos de criar sem limites. É nosso dever como inventores fazer as coisas mais notáveis que podemos fazer para ajudar uns aos outros, a alcançar o extraordinário, para mudar o mundo.
"Uau, bela hora..."
"Desculpa?" a anã disse.
"Oh," Saheeli piscou; ela tinha esquecido de onde estava por um momento. "Sinto muito. Eu apenas...aqui está." Ela devolveu livreto de autógrafos.
"Obrigado." A jovem vibrava. "Muito obrigado!"
Saheeli mal a ouviu. Seus pés estavam levando-a embora com um propósito; ela sabia exatamente onde eles a estavam levando.
Esperemos que não seja tarde demais.
Saheeli nunca tinha visto um edifício parecer desesperado antes, mas a inquirium parecia - A antena parecia caída e a seção que se assemelhava a uma cabeça de besouro parecia descansar sobre as duas patas dianteiras.
Saheeli subiu os degraus, preparando-se para bater na porta. Ela repassou em sua mente o que ela diria, como ela diria... Ela não era boa com desculpas, e na verdade, ela ainda não estava convencida de que ela tinha que pedir desculpas, mas algo precisava ser dito, algo tinha de ser feito, antes que fosse tarde demais.
Ela bateu na porta.
Passos do outro lado lhe disseram que alguém estava vindo. A porta se abriu e ela viu o azul do rosto de Mitul. "Mitul. Eu preciso falar com RA"
Mitul bateu a porta na cara dela.
"Tudo certo." Saheeli tentou se acalmar. "Isso foi justo." Ela alisou suas saias. Rangendo os dentes contra o desejo de invadir a descer as escadas, ela bateu novamente. "Infantil, mas justo". Ela levantou a voz na última palavra, batendo com mais força. "Vamos. Deixe-me entrar! Eu não vou ficar aqui para sempre."
Mais passos. Foi Rashmi que abriu a porta desta vez.
O elfo parecia pior do que antes. anéis inchado vermelhos alinhadas com os olhos, e sujeira e suor no rosto e nos braços. O último dos ressentimento de Saheeli derreteu. Ela não podia suportar ver sua amiga desta forma. Ela desejava abraçá-la, cuidar dela, mas ela se segurou. Mas havia algo que ela tinha que dizer, em primeiro lugar.
"Eu preciso explicar por que não te ajudei." Rashmi se recusou a encontrar seus olhos. "Eu estava com medo. Insegura. O que você está fazendo é perigoso, e-"
"Eu já ouvi tudo isso, Saheeli." Rashmi ficou reta. "Se você veio para me dar mais um sermão, por favor vá embora."
"Você não me deixou terminar." disse ela. "É perigoso, sim. Mas, também é emocionante. Emocionante, mesmo. Ele tem a chance de mudar o mundo ... para melhor."
Rashmi parou por um instante.
"Se alguém pode fazer o próximo avanço na eterologia, é você. E eu quero estar lá para vê-lo. Eu quero ajudar."
Saheeli estendeu um filamento perfeitamente formado, que ela havia tecido do metal mais resistente que pudesse evocar.
"Para você", disse ela. "Padeem me prometeu que iria conceder-lhe uma audiência se funcionar."
Rashmi olhou para ela, em seguida, os olhos lentamente deslocaram-se para o filamento.
"Bem, o que você está esperando?" disse Saheeli. "Você não tem que executar um teste ou algo assim?"
Rashmi chamou Mitul, e juntos os dois inventores trabalharam no anel de ouro, como se fosse o paciente mais importante do mundo. Saheeli observava silenciosamente, a partir do canto da oficina, enquanto Rashmi reverentemente carregava um vaso para a mesa no meio da sala e o colacava no centro do anel.
Mitul assentiu. "Cobaia um, pronto", disse ele.
Rashmi apertou um botão filigrana, e o anel transportador zumbiu. Saheeli ficou tensa, prendendo a respiração. Ela não podia olhar, mas ela não podia suportar a desviar o olhar. Ela se acomodou para assistir com o canto do olho.
"Hora de início, marcada", disse Mitul. "Medições iniciais de éter, gravadas."
O anel flutou para cima, e o vaso desapareceu.
Um momento depois, ele surgiu no loutro lado da sala.
Saheeli assitia tudo boquiaberta. Sua amiga fizera o impossível. Agora havia um aparelho que poderia transportar matéria através do espaço.
Ela só podia torcer pra ter feito a coisa certa.
Eles foram levados até o último andar do prédio dos juízes, Rashmi olhou pela parede de vidro da plataforma elevatória. O sol estava se pondo em Ghirapur e a agitação do dia havia desaparecido nas estirpes tranquilas de noite. Uma corrente frouxa de éter delicadamente enrolava-se através das cúpulas em espirais, nos topos dos edifícios mais altos.
Enquanto ela observava o cair da noite, uma calma tomou conta dela, uma calma que ela não sentia há muito tempo. Ela segurou o anel transportador de ouro ao seu lado. Parecia impossível que tudo ia acabar aqui, com uma audiência particular com a Iluminada Padeem. Às vezes, o Grande Conduíte trabalhava com padrões que mesmo Rashmi não poderia interpretar. Por todo o tempo que ela tinha se dedicado a estudar o fluxo de éter, todo o trabalho que tinha investido em uma tentativa de desmistificar a sua influência sobre a vida, ela ainda constatava que esses tipos de momentos eram os momentos que ela julgava mais precioso: quando a vida a surpreendia, quando as pessoas a surpreendiam.
"Como você fez isso?" ela perguntou Saheeli. "Como você conseguiu convencer Padeem ?"
Um sorriso diabólico surgiu no rosto de Saheeli, e as portas do elvador abriram-se.
"Um lugar na primeira fila para o duelo artífice clandestino do próximo mês."
Rashmi quase tropeçou ao pisar fora da plataforma. "A cônsul Padeem? Frequenta os duelos?"
"É claro que sim." Saheeli riu. "Você se importa de contar para ela, Mitul?"
"É algo que muitas pessoas não sabem", disse Mitul. "Que ninguém realmente espera de um vedalkeano, mas podemos ser bastante ágeis, se preciso, o que nos faz excelentes duelistas."
"Você está dizendo Padeem uma quicksmith clandestina?" Rashmi ficou boquiaberta.
"A melhor de sua geração", disse Saheeli. "Ela provavelmente poderia ganhar, ainda."
"Vo-você duela?" Rashmi perguntou Mitul.
"Oh, bem, você sabe ... Eu tento." Mitul parecia muito feliz com as portas que se abriram para deixá-los em um pequeno lobby. Ele correu para dentro.
Rashmi estudou o seu colega sob uma nova luz. Ele parecia bastante ágil, e ela só podia imaginar que seu domínio do cálculo geométrico serviria para dar-lhe a vantagem em uma situação de batalha tática. O dia não tinha terminado com suas surpresas, no entanto, parecia.
"Inventores Rashmi e Mitul para ver o Padeem juiz estimado", disse Saheeli a um funcionário do Consulado de aparência oficial em pé atrás de uma mesa de altura.
"Um momento." O funcionário passou por uma porta de correr, deixando os três no lobby para esperar.
Saheeli virou-se para Rashmi, um olhar sério em seus olhos . "Eu desejaria boa sorte, mas você não precisa."
"Isso é graças a você." Rashmi inclinou a cabeça para Saheeli. "Obrigado. Por tudo o que fez. Infinitas graças."
Saheeli deu de ombros. "Provavelmente poderia ter sido melhor. Eu-me desculpe." Ela olhou furtivamente. "Amigos?"
"Sempre." Rashmi chamou Saheeli para um abraço.
Saheeli apertou seu braço. "Agora, vai. Mostre praquela veldakean duelista a invenção que está prestes a mudar o mundo."
"Certo." Rashmi agarrou o transportador e a porta de correr abriu-se.
O funcionário voltou e disse, "A cônsul vai vê-la agora."
Rashmi olhou para Mitul. "Você está pronto?"
Ele balançou a cabeça, segurando o vaso. "Estou preparado." Eles seguiram o funcionário através das portas. O corredor levou a uma pequena câmara, onde Padeem reclinava-se em uma cadeira estofada.
Rashmi não conseguia olhar para ela sem ver o duelista artífice ousada das lendas. O pensamento a fez sorrir.
"Inventores Rashmi e Mitul, a cônsul", disse o funcionário.
Padeem assentiu. "Bem vinda."
"Você pode começar." O funcionário estendeu o braço para uma mesa montada na frente de Padeem, para fins de demonstração, sem dúvida.
Mitul aproximou e depositou o vaso sobre a mesa, com cuidado para centralizá-lo perfeitamente. Depois que ele deu um passo atrás, Rashmi avançou, levantou o anel transportador, e deslizou por cima do vaso para descansar sobre a mesa. Ela percebeu que ainda não estava pronta para começar, ela exalou uma respiração estável e longa, e procurou o Conduíte.
No início, ela pensou que tinha desaparecido, mas depois ela entendeu que ela estava dentro dela, sua luz ao seu redor. Este era o momento que ela tinha sido perseguindo por muito tempo. Agora que ela estava aqui, ela percebeu que não sabia o que viria a seguir. Tudo que ela sabia era que, após este momento não haveria como voltar atrás. Uma vez que eles mostrassem à Padeem o que tinham feito, o mundo nunca mais seria o mesmo. Talvez isso fosse o suficiente.
Rashmi deu um passo para trás e desviou o olhar para a juiza vedalkeana.
Padeem descansou seu queixo nas pontas de sues dedos.
"Muito bem, inventores. Impressionem-me"
Foi exatamente o que pensei tb ! Nao vejo outro enredo melhor para promover o retorno dos phrexianos.....
Tezzeret vai usar isso pra trazer algo de outro plano?
Algo Phyrexiano... Sei la