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[RESUMO] - Bloco de Espiral Temporal (português)
 [RESUMO] - Bloco de Espiral Temporal (português)
DonnieDarko

Coelho
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Posts: 3291
Registro: 30/03/08

Postado em: 14/03/18 00:09




A história do MTG finalmente retorna para seu mais famoso mundo: Dominaria. As últimas coleções a abordá-lo foram as do bloco de "Time Spiral" publicadas há pouco mais de uma década.

Tentando divulgar um pouco mais sobre o lore do Magic: The Gathering, o grupo de discussão Storyline deste fórum - com a ajuda de livros e de alguns textos disponíveis na internet - oferece aqui um resumo com os principais acontecimentos de Time Spiral para ajudar na leitura dos acontecimentos de Dominaria.

Não encontrou o que gostaria de ler? Deixe aqui o seu pedido que faremos o possível para te ajudar.
Tem algum livro ou HQ de MTG que gostaria de compartilhar? Envie-nos! Agradecemos a contribuição!
Esperamos que todos possam aproveitá-los. Boas leituras!


* * *


TIME SPIRAL

MAGIC: The Gathering - Time Spiral, by Scott McGough, September, 2006, Wizards of the Coast, Inc. All rights reserved.



Quase 300 anos se passaram desde a Invasão Phyrexiana. Para escapar dos horrores de carne podre e metal distorcido liderados pelo Pai das Máquinas, o planinalta Teferi abandonou a guerra, Urza e seus aliados, levando embora consigo os exuberantes continentes de Shiv e Zhalfir e todos os povos que tanto amava. Juntamente com sua leal amiga Jhoira é chegada a hora de seu retorno – e ao encontro deles um mundo devastado e antigos desafetos que nem mesmo os séculos foram capazes de apagar. Por conta das terríveis batalhas a geografia de Dominária havia se deteriorado: Shiv não mais se encaixaria naturalmente em seu lugar de origem – um simples erro poderia comprometer a vida de milhões e milhões e colocar em risco a própria estrutura do mundo.

Em busca de informação e ajuda, Teferi e Jhoira seguem para a floresta de Skyshroud - ela havia vindo de Rath durante a Sobreposição Planar. Lá descobrem que a mana de seu mundo estava se exaurindo por conta de fenômenos mágicos: as fendas planares! Essas anomalias temporais estavam a drenar mana há muito tempo, provocando problemas e sofrimento em todo o plano. Elas estão espalhadas por Dominária. Cada uma das fendas se comporta de maneira distinta; cada uma delas é uma ferida no mundo e cada uma delas foi criada em decorrência de eventos catastróficos do passado. Como lidar com elas? Como curar um mundo já maculado por tanto pesar e destruição?

Mantida habitável e segura à custa de uma grande parcela do poder da planinalta Freyalise, a floresta de Skyshroud não sucumbiu às terras geladas de Keld e suas diferenças climáticas, tendo se tornado o lar não somente de elfos, mas também dos fractius de Rath, já que se tornara um refúgio em meio àquela devastação. Distorções no espaço-tempo causadas pela vida e morte da deusa Karona, a Sobreposição Planar e a interferência de Freyalise acabaram por ligar a fenda planar daquela região à uma realidade do passado de Keld, onde os experimentos grotescos do renegado tolariano Gatha, os gathans, eram uma constante ameaça aos povos silvestres e keldonianos sobreviventes. Keldonianos estes liderados pela valente Radha, uma meio-elfa descendente do lendário Senhor da Guerra, Astor.

Ressentida e rancorosa pela covardia e abandono de Teferi, Freyalise se nega a ajudá-los com o retorno de Shiv e Zhalfir. Ele, por sua vez, descobre, ao estudar a fenda planar sobre Skyshroud, que a guerreira Radha possuía uma misteriosa conexão com a mesma: ela conseguia extrair dela sua mana da mesma forma que a fenda se alimentava da energia de Dominária. Fascinada pela glória do passado e atraída pelas promessas de conhecimento do planinalta, a obstinada Radha parte com Teferi e Jhoira para Urborg, onde uma segunda fenda planar também drenava poder sobre um vulcão adormecido, exatamente onde a pavorosa Fortaleza de Volrath havia se materializado durante a Sobreposição Planar de Rath.

Nas regiões pantanosas de Urborg, eles conhecem o jovem artífice humano Venser que, assim como Radha, possuía uma estranha conexão com a fenda planar daquela região. Teferi foi astuto ao perceber que ambos possuíam a raríssima centelha capaz de transformar meros mortais em seres de poder quase infinito: planinaltas! Mas algo estava diferente – constatou Teferi: a centelha daqueles dois era diferente em sua natureza daquelas que ele conhecia tão bem. Sozinho e vivendo sorrateiramente em meios aos destroços da guerra, Venser havia construído, a partir de sucata, um ambulator: sua própria versão rudimentar de um a máquina capaz de realizar viagens por meio de teletransporte.

A fim de impressioná-los, o ainda tímido e ingênuo artífice tenta demonstrar aos seus visitantes o funcionamento de seu protótipo, contudo sua inexplicada conexão com a fenda planar sobre a Fortaleza de Volrath faz com que a mesma reagisse violentamente à presença de Teferi, transportando a todos para seu interior: a fenda planar tinha sede de poder e ela sentiu a energia quase inesgotável do planinalta! Uma vez dentro do turbilhão de energias mágicas, Teferi, Jhoira, Radha e Venser atravessam fragmentos da realidade e testemunharam os eventos mais impactantes através da história de seu mundo, eventos estes responsáveis pela criação de um total de oito fendas planares que flagelavam Dominária.

Sem qualquer explicação, Jhoira, Venser e Radha são teleportados para as praias do Império de Madara, perto dos Portais de Talon, no mar de Jamuraa, sem sinal de Teferi. Uma misteriosa voz ecoa em suas mentes e diz ter-lhes salvo da fenda planar sobre Urborg. Era ela uma tênue força vital remanescente de outro mundo, ainda ligada fortemente àquela região. Fazendo-se valer do poder latente dentro de Venser e Radha, a misteriosa presença consegue drenar parte dele e assumir um corpo físico novamente: Nicol Bolas, um dos mais antigos e poderosos planinaltas do Multiverso! Escapando da fenda planar, Teferi logo encontra seus amigos, porém tarde demais para impedir o retorno de Bolas. Diante de um desafio impossível de ser vencido por eles, Teferi explica para o lendário dragão os perigos das fendas planares e a urgência de se buscar uma solução. Evitando se envolver por hora, Bolas – ainda se recuperando de sua prisão espiritual – decide partir em busca de vingança contra os descendentes do clã Umezawa que o enganaram e o aprisionaram no Plano de Meditação há tanto tempo.

Descontente com o rumo tomado, Radha decide que é chegada a hora de deixar o grupo e Teferi a leva de volta para Keld. Uma vez lá, a resiliente guerreira derrota o Senhor da Guerra dos gathans e inexplicavelmente sua conexão com a fenda planar sobre Skyshroud desaparece, dando lugar a um forte vínculo com a terra de Keld. Sentindo essa diferença no alinhamento das forças, Teferi acredita ter aprendido um pouco mais sobre as fendas planares e assim talvez um meio de descobrir como lidar com elas. O trio parte para a região onde Shiv iria se materializar em pouco tempo. Lá, eles se deparam com uma terceira fenda planar, criada justamente quando Teferi retirara de fase todo o continente, séculos atrás. O planinalta acredita que, assim como Radha, ele poderia estabelecer uma forte conexão com o mundo e assim guiar de forma segura a materialização do continente. Disposto a se sacrificar para tal, Teferi adentra na fenda planar e libera colossais ondas de poder para saciá-la. A estratégia de Teferi foi incrivelmente bem sucedida, tendo por assim fechado a fenda planar que impedia a Shiv um retorno seguro. A demonstração de poder do planinalta foi tremenda e montanhas, vales e nações inteiras puderam regressar finalmente para seu mundo de origem. Ainda vivo, ele percebe que todo o seu poder havia sido drenado de seu corpo; sua centelha de planinalta estava exaurida como uma powerstone gasta; Teferi era agora um ser mortal...


PLANAR CHAOS

MAGIC: The Gathering - Planar Chaos, by Scott McGough and Timothy Sanders, January, 2007, Wizards of the Coast, Inc. All rights reserved.



Diante de sua nova – e frustrante – realidade, Teferi não sabia como proceder agora que perdeu seus poderes. Jhoira o levou para as regiões nômades de Ghitu, em Shiv, sua terra natal. Lá, Venser recebeu ajuda dos artífices locais para construir um novo ambulator que seria de muita ajuda já que não mais poderiam contar com Teferi para as longas viagens através do plano.

Com seu novo dispositivo em funcionamento, Jhoira e Venser decidem partir para Urborg, em busca da ajuda de outro planinalta: Lorde Windgrace, o protetor de Urborg que, assim como Freyalise, sobrevivera à Invasão Phyrexiana – eram eles os únicos restantes dos nove titãs recrutados por Urza para adentrar e destruir Phyrexia. Momentaneamente separados, Venser é capturado pelos seguidores de Windgrace e Jhoira é encontrada por Jodah, o Arquimago Eterno. Tendo se mantido oculto durante os últimos séculos, ele decide que é chegada a hora de ajudar seu mundo tentando impedir uma maior deterioração do continuum do espaço-tempo. Jodah explica para Jhoira que há uma outra ameaça naquelas terras: o sádico e insano Weaver King. De volta em Rath, fora ele um nômade Dal, torturado e submetido aos bizarros experimentos de Volrath, tendo então se tornado uma entidade psíquica das sombras, capaz de criar vínculos mentais com muitos seres e enlouquecê-los por prazer.

Jhoira e Jodah encontram Venser com um abatido Lorde Windgrace que, também tomado pelo ressentimento de outrora, não se vê disposto a cooperar com Teferi e seus amigos. Aliás, toda sua Urborg ainda sofria com o ataque de poderosas criaturas phyrexianas que saíam da fenda temporal e assolavam seus povos: aquelas monstruosidades mecânicas vinham de uma realidade alternativa onde a Era Glacial nunca terminara e Phyrexia havia vencido a Invasão. Concordando em tentar uma conversa, Lorde Windgrace teleporta a todos para Shiv ao encontro de Teferi. De lá eles seguem para as Eternidades Cegas para se reunirem com Freyalise e assim discutirem o futuro de Dominária. Freyalise revela a presença de um frio sobrenatural sobre Skyshroud e também dos phyrexianos. Ambos os planinaltas decidem agir por conta própria e não em equipe como implorou Teferi – ele agora experimentava as mazelas de não ter mais poder para lidar com os poderosos, coisa que Jhoira precisou aprender através dos séculos.

Mesmo sob as objeções de Jodah dadas suas antigas desconfianças, Freyalise leva Jhoira consigo enquanto os demais seguem com Windgrace de volta para Urborg. Em Skyshroud, Jhoira entende que Freyalise tem usado o poder da mentalidade coletiva dos fractius para combater os phyrexianos, porém sua força está a minguar dados seus esforços para preservar e proteger a gigantesca floresta e seus povos. Mesmo a contragosto, porém admirada por sua sensatez, Jhoira concorda em partir para as Montanhas Pardas, atrás de Radha, com o objetivo de trazê-la para Skyshroud como sua protetora e campeã. Era o triste pedido de Freyalise, o pedido de uma mãe que não mais via um futuro ao lado de seus filhos e filhas da floresta.

Em Urborg, Jodah se mantém preocupado com Jhoira e convence Venser a ajudá-lo a encontrá-la. O que ele não sabia é que o Weaver King havia se aproveitado da mente do jovem artífice e o estava a envenená-lo contra Jodah por ciúmes de Jhoira. Uma vez que ambos chegam em Skyshroud à procura de sua amiga, a presença maligna do Weaver King assume o controle telepático de todos os phyrexianos e fractius, escravizando-os à sua insana vontade. Entristecida por perceber que sua última defesa contra as ameaças externas lhe havia sido roubada, Freyalise se entrega ao desalento e lamenta pela floresta - ela e Jodah reabrem antigas feridas, desafetos de mais de 4.000 anos ainda dolorosos para ambos. Tocados pela honestidade há tanto calada eles parecem se entender e ela lamenta ao saber que a melhor amiga do arquimago, Jaya Ballard, há muito tempo estava morta. Aceitando seu destino, Freyalise se torna um cometa de energia radiante e se une à fenda planar sobre Skyshroud, selando-a para sempre e com ela a sua própria existência. Pesaroso e sem nada poder fazer, Jodah se despede ao se lembrar com admiração da impressionante mulher que ela sempre fora...

Lorde Windgrace sente com tristeza a partida de sua velha amiga. Ele decide continuar a lutar contra os phyrexianos agora sob o domínio do Weaver King. Ele é então contatado por Karn, que há muito havia partido de Dominaria em busca de outros mundos. O golem de prata havia recebido o chamado enviado por Jhoira e Venser com o ambulator – uma espécie de farol interplanar através das Eternidades Cegas. Tendo regressado ao seu mundo natal, e com a ajuda de Teferi, eles descobrem que aqueles phyrexianos eram consequência das distorções temporais da fenda planar sobre onde, no passado, existira a mítica ilha de Tolaria. Windgrace, não vendo outra alternativa, decide que caberia a ele enfrentar aquele mal. Antes de seu mais grandioso confronto ele transfere parte do seu poder para Urborg, garantindo assim que sua força vital haveria de perdurar e sempre proteger sua terra e povos. Feito isto, o Rei Pantera de Urborg inicia sua batalha derradeira contra aquela anomalia dimensional que há tanto tempo assolava o mundo. Assim, a terceira fenda planar é fechada levando consigo o último dos nove titãs de Urza para onde nem mesmo os planinaltas eram capazes de viajar...

Ao sentir a partida do Protetor de Urborg, o Weaver King tenta se apossar da mente de Venser ao saber que este não mais portava a proteção do planinalta. Ainda descobrindo suas habilidades interplanares, Venser é subestimado por seu rival e assim acaba por derrotá-lo ao adentrar nas Eternidades Cegas, colocando um fim há quase três séculos da ação maligna do Weaver King, um vampiro psíquico.

De volta à fenda planar sobre Tolaria, aquela se tratava de um fenômeno diferente dos anteriores: ela não poderia ser fechada pelo poder de um planinalta – estava além das forças deles, pois era resultado de dois eventos cataclísmicos sobrepostos: o incidente com o portal do tempo, milênios atrás, quando retirou a ilha inteira da linha temporal, criando uma fenda planar que, por sua vez, foi piorada pela explosão do poderoso feitiço Obliterar, lançado pelo Mago Mestre Barrin, em seu último ato de coragem, durante a Invasão Phyrexiana. A fenda planar deveria ser fechada antes do Mago Mestre se sacrificar e isso somente poderia ser feito trezentos anos atrás. Seguindo uma teoria elaborada por Teferi, Karn e Venser se teleportam para os espaço entre os mundos. Uma vez lá, Karn - construído especialmente por Urza para viajar pelo tempo - concentra quantidades incríveis de poder abrindo uma ruptura no espaço-tempo e assim começa a regressar através da história. Ele mantinha um vínculo telepático com Venser para poder se guiar na viagem de volta. O plano de Teferi funcionou! Karn retorna no tempo e no espaço para os dias da Invasão Phyrexiana onde lá ele poderia tentar fechar a fenda planar de Tolaria e assim alterar o passado antes de Barrin obliterar a ilha. Porém, algo saiu errado...terrivelmente errado. Ao utilizar parte de seu poder, Karn foi capaz de selar a fenda sobre Tolaria, porém sua mente se conturbou; o golem foi tomado por um intenso pavor e sua corrupção então começou. Suas últimas palavras para Venser foram que não tentassem procurá-lo. O jovem artífice foi a última pessoa a falar com o lendário herói de Dominária...

De volta ao tempo presente, Teferi, Jhoira e Venser estão a planejar seu próximo passo quando são encontrados por uma mulher de corpo teso e longos cabelos castanhos. Uma guerreira, parecia ela. Ela dizia ser Jeska, uma planinalta, amiga e aprendiz de Karn, e o havia seguido até Dominaria. Exigia saber seu paradeiro...


FUTURE SIGHT

MAGIC: The Gathering - Future Sight, by Scott McGough and John Delaney, January, 2007, Wizards of the Coast, Inc. All rights reserved.



Retornando para as praias do Império de Madara, a Myojin do Alcance Noturno estava a tramar contra Nicol Bolas, agora liberto e sedento por vingança contra seus inimigos: seu rancor não encontraria barreiras e ele cobraria suas dívidas através dos mundos. No passado, durante a Guerra dos Kami, ela fora o poderoso espírito responsável por banir Toshiro Umezawa de Kamigawa para Dominária, dando início à sua linhagem naquele mundo, o que resultaria no nascimento de Tetsuo Umezawa, nêmesis e principal responsável pelo aprisionamento de Nicol Bolas em seu exílio espiritual. Temendo a ira de Bolas, ela estava a forjar uma aliança com um misterioso planinalta ao presenteá-lo com um poderoso artefato: sua máscara de porcelana capaz de drenar a mana preta de outros seres. Seu intuito era fortalecê-lo e incentivá-lo a confrontar o lendário dragão. Um acordo foi fechado.

Enquanto isso, Jeska escuta as explicações de Teferi e seu grupo acerca dos recentes acontecimentos. Ela fica insatisfeita com o modo como eles estão lidando com as fendas planares e preocupada com o paradeiro de seu mestre Karn. Ela decide por assumir a frente das investigações e ações a serem tomadas. Seguindo sozinha para o continente de Otaria, Jeska é encontrada pelo misterioso planinalta que conversava com a Myojin do Alcance Noturno. Ele lhe explica a natureza dimensional das fendas planares e sugere que ela utilize as centelhas mutadas de Radha e Venser para canalizar mana para dentro das fendas, uma vez que ambas parecem não ser afetadas pelo fenômeno. Mesmo sem confiar nas informações recebidas, Jeska viaja até Keld em busca da guerreira keldoniana que, por sua vez, se nega a ajudá-la. Facilmente derrotada, Radha é levada com Jeska.

Teferi, Jhoira e Venser decidem viajar até a vasta floresta de Yavimaya em busca da ajuda de seu espírito protetor, Multani, o Feiticeiro-Maro. Sobre aquelas verdejantes montanhas pairava uma das mais antigas fendas planares de Dominária, causada pelos resquícios da devastadora explosão do Sílex Golgothiano – um artefato de tremendo poder encontrado em uma geleira por Feldon, roubado por Ashnod, entregue para Tawnos e usado por Urza, ao final da Guerra dos Irmãos, para destruir os phyrexianos que assolavam o paraíso de Argoth – e magnificada pelo World Spell - um poderoso feitiço lançado por Freyalise para findar a Era Glacial e permitir um renascimento para Dominaria. Em Yavimaya, eles encontram seu velho amigo num estado de quase hibernação: sua força vital fundira-se à da fenda planar enquanto ele tentava lutar contra ela e proteger seu mundo selvagem. Com a ajuda de Venser, Multani consegue se libertar de sua prisão planar.

Pressentindo os próximos passos de Jeska, Teferi pede a Venser que os teleporte para onde o Reino de Zhalfir retornaria de fase muito em breve. Lá, assim como acontecera com o continente de Shiv, também havia uma fenda planar desestabilizando a própria estrutura do espaço-tempo. Eles encontram Jeska utilizando a centelha de Radha para canalizar uma descomunal quantidade de mana para dentro da anomalia temporal. Sem atender às súplicas desesperadas de Teferi, ela continua obstinada, influenciada por uma obscura presença, e assim fecha aquela fenda planar. Radha quase é morta no processo. Contudo, apesar do aparente sucesso, um desolado Teferi revela que por conta do processo descuidado e um erro na contagem do tempo, Jeska fez com que todo Reino de Zhalfir e suas civilizações jamais consigam retornar para Dominária, condenando-os a vagarem indefinidamente pelo Multiverso. Novamente Teferi experimenta sua recém impotência frente aos poderes dos planinaltas. Apesar de se arrepender do que acabou de fazer, Jeska acredita ter feito o correto, mesmo que milhões e milhões de vidas possam ter se perdido para sempre...




Ainda determinada a selar as demais fendas planares, Jeska ruma agora para Yavimaya ainda levando Radha contra sua vontade. Uma vez lá, Teferi e Multani tentam ludibriá-la e convencê-la a ser cuidadosa, porém ainda sob a mesma influência perniciosa, ela ignora seus apelos e num acesso de raiva utiliza o poder de Multani e da centelha de Radha para canalizar novas quantidades de mana para dentro da fenda planar. Jeska se mostrou novamente bem sucedida em sua tentativa. A centelha de Radha foi totalmente exaurida; ela jamais poderia se tornar uma planinalta. Entretando, para o profundo pesar de seus amigos, juntamente com a fenda planar desaparecera sem qualquer resquício o espírito de Multani. Jhoira se entristece e lamenta pela perda de um dos seres mais benevolentes que ela conhecera. Num gesto final de despedida, ela enterra a máscara de Multani – tudo o que restou de sua forma física – na esperança de que um dia o espírito protetor de Yavimaya pudesse renascer...

Jeska parte para o Império de Madara onde havia mais uma fenda planar a ser dominada. Tratava-se da primeira anomalia daquela natureza a ter sido criada em Dominária, milênios atrás, como consequência de uma titânica luta entre Nicol Bolas e um planinalta na forma de um Leviathan. A fenda piorou quando a planinalta Ravi – séculos depois ela viria a ser conhecida pela alcunha da insana Avó Sengir – tocara o famigerado Carrilhão do Apocalipse, provocando uma gigantesca extinção e enfraquecendo o tecido místico entre Dominaria e outros mundos. Na costa de Madara, Jeska se reencontra com o misterioso planinalta que, por sua vez, revela a estar influenciando. Ele a domina e utiliza a Máscara do Alcance Noturno para drenar toda a mana preta residual de quanto Jeska fora a temível Phage, a Intocável, nos dias de sua servidão à Cabala quando dera luz à reencarnação de Kubber, o Numena da mana preta. Ao chegarem no local, escondidos, Teferi e os demais assistem àquela cena sem nada poderem fazer. Buscando nas profundezas de sua memória Jhoira descobre que aquele planinalta era ninguém menos que Leshrac, o Caminhante da Noite, um antigo e malévolo ser que através das eras influenciou muitos eventos em Dominária e em outros mundos. Foi aliado do mosntruoso planinalta Tevesh-Szat e mestre do necromante Lim-Dûl nos tempos da Era Glacial - Leshrac não era visto há mais de 1.000 anos!

Convocando Nicol Bolas para um duelo, Leshrac esperava usar os poderes recém-adquiridos de Phage para derrotar o grande dragão e assim se tornar o ser mais poderoso do Multiverso. Atendendo ao chamado, logo uma batalha tem início entre Bolas e o Caminhante da Noite. Este utiliza a máscara de porcelana para drenar também a mana preta de Bolas. Em seu confronto descomunal, eles atravessam diversos mundos até que eventualmente retornam para a costa de Madara. Leshrac parecia estar vencendo graças aos poderes de Phage quando então o poderoso dragão revela estar apenas brincando com seu adversário: ele já havia derrotado a Myojin do Alcance Noturno e tomado para si a máscara original, sendo aquela entregue à Leshrac apenas um artefato de poder inferior, incapaz de feri-lo. Nicol Bolas utiliza o poder da verdadeira máscara para drenar toda a essência de Leshrac para dentro dela. Ele restaura as forças de Jeska e diz para Teferi e os demais que selar a fenda planar sobre Madara era responsabilidade dele. Utilizando a força vital de Leshrac que estava aprisionada, Bolas coloca um fim à penúltima das fendas planares e com ela se encerrou de uma vez por todas a funesta trajetória do Caminhante da Noite. O grande dragão alega que a última fenda planar não poderia ser selada e então parte embora daquele mundo, desaparecendo no horizonte para nunca mais ser visto...

Recuperada sua força e sua sanidade, Jeska se sentia responsável por tudo o que causou e entende que cabe a ela selar a última fenda planar, aquela sobre o continente de Otaria, causada exatamente por sua transformação na deusa Karona: sua presença alterara para sempre Dominaria nos dias em que um deus caminhou por entre os mortais. Em Otaria, ela se teleporta para dentro da fenda junto com Radha e Venser. Lá, é obrigada e enfrentar fragmentos de seu passado e presente enquanto Teferi e Jhoira aguardam o destino do mundo ser decidido sem eles. Jeska se confronta consigo mesma na forma da deusa Karona. Ela está prestes a sucumbir ao medo e ao pesar quando então Venser e Radha, num gesto de desmedida coragem, se interpõe entre ambas, dispostos a lutar contra qualquer ameaça para salvarem seu mundo. Impulsionada pela valentia daqueles dois pequenos seres, ela lhes dá as mãos e, num ato final de total redenção, libera um poder inimaginável, sendo ela conhecida como aquela "três vezes tocada pela eternidade". O sacrifício de Jeska se propagou indefinidamente através da fenda planar de Otaria e por todas as rachaduras nos confins do Multiverso, selando-as e mudando para sempre a natureza sobrenatural das centelhas - esta fora a "Emenda" e os planinaltas jamais seriams os mesmos depois dela.

Jeska abriu seus olhos ao ouvir uma forte voz ao seu lado. Era uma figura familiar, trajando-se como um druida. Ali estava Kahmal, seu amado irmão, esperando por ela de braços abertos: com lágrimas em seus olhos ela o abraçou... Finalmente os dois estavam juntos novamente, em paz.


* * *


Com o fim das fendas planares, os valentes heróis se despediram e seguiram, cada um, por um novo caminho: Radha retornou gloriosa para Keld; Teferi rumou para Jamuraa onde ajudaria os povos a se reerguer e aprenderia a viver com sua nova condição; Jhoira partiu para junto de Jodah, o Arquimago Eterno, e com ele pretendia construir uma nova vida...

Sozinho, nos penhascos de Madara, Venser estava a observar os magníficos Portais de Talon, imponentes sobre o mar. Ele passou sua vida inteira se preparando para viajar e agora ele tinha os meios para isso – havia um Multiverso inteiro para ser desvendado.

"Ele não era imortal, ele não era onisciente, mas ele era um planinalta. Aquela seria uma boa vida."




* * *


Em "The Quest for Karn" (2011), de Robert B. Wintermute, os planinaltas Elspeth, Koth, Venser e a jovem humana Melira partem para o centro de Mirrodin com o propósito de resgatarem o golem de metal do domínio dos phyrexianos...

...de volta ao passado de Dominaria, ao selar a fenda planar sobre Tolaria, um enfraquecido Karn sentiu o óleo phyrexiano dentro de seu coração começar a tomar conta de seu corpo e mente. Com medo do que ele poderia se tornar, o golem se refugiou no coração do mundo por ele mesmo criado e em Mirrodin permaneceu, corrompido, como um segundo Pai das Máquinas, até ser encontrado pelos jovens planinaltas. O mal de Phyrexia precisava ser contido ou ele se espalharia como uma praga pelo Multiverso. Com a ajuda de Melira e num gesto de profunda amizade, Venser sacrifica o que restava de sua força vital e do poder de sua centelha para purificar o corpo de Karn salvando assim a vida de seu amigo. As viagens do outrora tímido artífice de Urborg haviam por fim terminado. Ele tivera uma boa vida.




FIM


Editada em: 27-01-19 11:27:50 por DonnieDarko.
(Formatação.)
 
Alchemist

Clérigo
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Postado em: 21/03/18 19:08
Cara muito foda a história, hoje após ler o primeiro lore de volta Dominaria vim ler seu artigo.

Agora só teremos que esperar para saber como o Teferi recupera a centelha, o Opt que foi spoilado hoje nos dá uma dica, pois fala de um orbe com a centelha dele dentro.

Valeu pelo compilado!
 
DonnieDarko

Coelho
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Registro: 30/03/08

Postado em: 21/03/18 21:10

Disponta. A equipe tá aqui pra isso, Alchemist!

Pois é, a recuperação de Teferi...o fato de Jaya Ballard não estar morta (já que ela ganhou uma carta de PW) e umas e outras coisas mais que só descobriremos nas próximas semanas.

Boas leituras! o/

 
Mosiah

Esquilo
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Postado em: 22/03/18 22:44
Senhor, muito obrigado!
Não conhecia a história e ler esse compilado foi ótimo, agora estou ainda mais animado para ler as lores novas.
 
DonnieDarko

Coelho
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Registro: 30/03/08

Postado em: 27/03/18 09:23

A equipe que agradece seu elogio, Mosiah!

Sim, agora é epserar pelos próximos capítulos para descobrirmos como Teferi recuperou seus poderes, por exemplo.

Estaria Jhoira procurando pelo Cristal de Thran para este fim? Veremos...

Boas leituras! o/