Fala galera! Tudo certo?
Muitos de vocês, assim como eu, estão super ansiosos para adentrar o universo mágico de strixhaven, que promete vir com muitas novidades para diversos formatos, incluindo claro o nosso querido commander.
Então no artigo de hoje, nada mais justo do que falar um pouco sobre o que rolou na transmissão de anúncios da nave mãe em relação à coleção que aconteceu no dia 25/03.
Lembrando que nossa coluna visa um olhar mais competitivo do formato, então essa análise será feita baseada nas expectativas em relação às cartas até então spoiladas, e sobre o que podemos esperar delas para o cEDH e também para o Conquest.
Mas antes de qualquer coisa, se você se interessa por EDH e suas variantes mais competitivas, não se esqueça de dar uma passadinha pela cEDH Brasil (@cedhbrasil) no instagram e também em nossas outras redes sociais. E lembrando que possuímos na twitch uma extensão de nossa coluna na LigaMagic no canal twitch.tv/papo_cedh.
Então sem mais delongas, vamos ao que interessa.
Nada mais justo do que falar sobre um dos primeiros spoilers que começaram a rolar logo antes da transmissão, e que causou um grande alvoroço na comunidade, que foi a nossa tão amada Planeswalker Lilliana que voltou dessa vez como Professor Onyx;
Mantendo ainda seu alinhamento com a cor preta nossa professora oferece um planeswalker de 6 mas que introduziu aos jogadores a Keyword “Magecraft”, que consiste numa habilidade desencadeada ao conjurar ou copiar uma mágica instantânea ou feitiço, que nesse caso drena vida dos seus oponentes.
Logo os olhos dos combeiros e especuladores brilharam, visto que existe uma outra carta também preta chamada Chain of Smog que permite que você faça incansáveis cópias dela mesma, gerando uma vitória fácil por conta da habilidade da professora.
Mas respondendo a pergunta de muitos que se espantaram com um aumento repentino no preço dessa carta, que outrora custava seus 80 centavos.
Esse combo é forte mesmo no cEDH?
E a resposta é simples: Não!
Primeiro que estamos falando de um combo de duas peças que sozinhos não causam impacto relevante na mesa, o que pode gerar dead draws na maioria das vezes, já que uma custa 6 manas e a outra não tem muita utilidade fora do combo.
Outro ponto importante a se considerar é que em decks monocoloridos fica difícil a adição de combos tão pesados por inúmeros motivos, e em decks multicoloridos temos interações mais rápidas e compactas, deixando essa dupla como uma opção pouco interessante.
Essa pergunta feita para o conquest tem uma conclusão bem parecida, já que mesmo que possamos utilizar a professora onyx como nosso comandante, ela continua sendo um PW de custo elevado e com pouco impacto no jogo quando está longe desse combo.
Isso pode ser notado ao colocá-la lado a lado com outros mono Black que tem um potencial muito maior, como por exemplo nossa recém chegada Tergrid, God of Fright, que apesar de custar 5 manas tem um efeito que certamente causa preocupação.
Mas mesmo não vendo muito potencial competitivo no multiplayer, esse combo acabou mostrando o quanto a habilidade de “magecraft” poderia ser forte se bem utilizada, e foi aí que conhecemos duas outras grandes figuras que merecem atenção.
Olhando para essas cartas é perceptível o quanto há um enorme potencial competitivo, já que estamos falando de duas criaturas que mesmo sem a chain of smog servem para gerar valor, e brilham ainda mais dentro do combo.
Começando pelo anão que funciona de forma parecida à Birgi, God of Storytelling, gerando mana em forma de tesouros quando conjuramos instant ou Sorceries.
E no caso do seu amigo druida, temos uma drenagem de vida em forma de uma criatura de CMC2, que se torna um potencial finisher dentro da linha de smog.
Imaginando ambas dentro de um cenário onde elas estejam jogando, facilmente podemos incluí-las em decks como Korvold, que além de ganhar um combo extremamente compacto e resiliente, ainda ganha criaturas capazes de gerar valor através de geração de mana e draw, já que tesouros sacrificados desencadeiam sua habilidade.
No Conquest podemos esperar sem dúvida incessantes testes, mas é fácil prever a utilização de “Smog Lines” em muitos decks com cores BG.
Porém, não se afobem, pois ao contrário do EDH o comitê regente do formato é bem menos conservador, podendo colocar a carta numa watchlist em breve por representar uma ameaça à variedade, como foi com tutores proibidos, por exemplo.
Mas prosseguindo para as guildas, vimos hoje como funcionarão algumas dinâmicas e também alguns membros importantes de cada uma das escolas.
Então vamos dar uma olhada nos 5 professores revelados até então e conversar um pouco sobre expectativas.
Sendo breve e olhando de um ponto de vista focado no Power level, não tivemos muitas surpresas, e podemos dizer que nenhum deles representa algo grandioso para suas cores. Mas sem dúvidas temos que parabenizar a equipe de Designe das cartas, tanto por seus efeitos muito úteis e diversificados para o casual, como também pelas artes fantásticas dos cards.
Mas sem muita enrolação, nossos merfolks me trouxeram uma dúvida que me deixou encucado, que foi justamente sobre a nova Keyword “Ward”, que funciona como uma prevenção e diz:
“Toda vez que essa criatura for alvo de uma mágica ou habilidade que um oponente controla, anule a menos que aquele jogador pague Y (numero representado na keyword; EX ward2)”
Essa nova habilidade parece muito promissora e com certeza merece atenção, principalmente considerando que os spoilers acabaram de começar, e que talvez iremos vê-la com um pouco mais de frequência.
Mas o que me preocupa de fato é justamente em relação ao Power Level da habilidade, que pode trazer um Power creep aparente, visto que existe uma possibilidade real de criaturas relevantes para o formato agora surgirem com um “Tax” embutido, forçando o oponente que pague 3 manas por uma Swords to Plowshares por exemplo.
Já a nossa golgari trouxe um efeito bem particular que pode sinergizar muito bem com efeitos como Ad Nauseam e Necropotencia, interagindo também com criaturas como Devoted Druid e Gyre Sage, que podem abusar de uma mecânica focada em marcadores.
Além disso, com poucos untappers podemos estabelecer um certo controle sobre seu efeito, o potencializando com facilidade.
Apesar de tudo isso, ela com certeza fica bem atrás do que já temos disponível de opções, mas digo sem dúvidas que ela parece ser um deck muito divertido e que vale ao menos um teste.
Por fim, vou direto ao Boros, visto que nem nosso Orzhov e nem o Izzet possuem relevância neste âmbito mais competitivo.
Nosso gigante que vem com uma capacidade de criar tokens duplicatas de artefatos pode ser uma boa pedida para algumas estratégias que envolvem combos de artefatos, mas dos três é sem dúvida o que exige mais trabalho.
Apesar de um efeito que por si só já traz um peso enorme a mesa, ele acaba sendo uma faca de dois gumes, exigindo que o artefato copiado seja exilado do cemitério, o que impede futuras recursões ou interações, o que pode vir a se tornar um problema para o deck.
Mas quem sabe a gente não seja surpreendido por uma tão sonhada White Powerful Card branca nessa coleção, né?
E mais uma vez seguindo em frente, podemos citar uma carta que chamou muito a nossa atenção, que foi a criatura Archmage Emeritus, que possui uma draw engine desencadeada por (é claro) a habilidade “Magecraft”
Esse que talvez seja uma das maiores decepções dos cEDHzeiros que esperavam um mono blue comprador de cartas em forma de criatura lendária, mas que receberam a carta perfeita em forma de uma criatura comum.
Mas mesmo não sendo uma opção de comandante, certamente nosso arquimago vai receber a devida atenção e testes em vários decks por possuir um potencial imenso de card advantage.
*Detalhe para mais uma arte sensacional do Artista brasileiro Caio Monteiro, que já trabalhou em muitas cartas, mas vem cada vez surpreendendo mais.
E por fim, vamos lembrar de uma carta que pode ser uma boa adição ao conquest, que é o nosso dragão da guilda Orzhov chamado Shadrix Silverquill;
Apesar de uma criatura muito pesada e pouco útil para o cEDH, no conquest além da escassez de decks orzhov, existe um espaço maior para decks baseados em combate, incluindo dano de comandante, o que esse dragão consegue fazer com maestria.
Com sua habilidade versátil ele consegue impor um board agressivo ao mesmo tempo que gera food e interage com marcadores, podendo vir a se tornar uma ameaça iminente a qualquer momento por possuir voar e golpe duplo.
E concluindo esse artigo posso dizer que essa coleção trouxe um gostinho de Power level, e que isso pode não necessariamente pode ser um bom sinal.
Principalmente se tratando de keywords, podemos esperar cartas com efeitos utilitários muito fortes para o commander, e consequentemente cartas para o cEDH, visto que “Magecraft” é uma habilidade facilmente "abusável".
Apesar de ter abordado apenas as cartas que são mais relevantes, aconselho que todas sejam muito bem analisadas, já que posteriormente podemos vir a conhecer novas interações.
Strixhaven é sem dúvida uma das coleções mais aguardadas dos últimos meses, e esse hype não é atoa, então aproveitem bem o clima de descoberta, e torça para que a sua escola favorita traga as melhores cartas!
E deixando aqui minhas considerações finais, quero reforçar que esse artigo foi escrito no dia 25/03, após o anúncio das cartas citadas, e que ele pode ter sido colocado no ar após o anuncio de outras cartas tão fortes/importantes quanto.
Então por favor, deixe sua opinião sempre respeitando o ponto de vista de outras pessoas, sem ofender ou ser toxico.
Agradeço a todos que leram até aqui, e até a próxima pessoal!
Até consigo colocar ele no boros treasures,magicas de custo 1 ou 2,sempre são faceis de fazer,e isso já ajuda a gerar o tesouro e compensar a mana gasta.
No mais, bom artigo!