Retrospectiva cEDH 2020
Hoje vamos relembrar o que 2020 trouxe de melhor para o mundo do Commander competitivo!
24/12/2020 10:05 - 5.071 visualizações - 10 comentários
Fala Galera, tudo certo?
E hoje finalmente chegamos no último artigo do ano.
2020 foi crucial pra muita gente. Um ano muito complicado e cheio de altos e baixos, mas que também trouxe coisas muito boas, principalmente para nós que produzimos conteúdo para essa comunidade tão incrível!
E falando de forma muito pessoal, devo agradecer a cada um que esteve ao nosso lado todo esse tempo, e continua fortalecendo nosso trabalho e nos ajudando a crescer.
Vocês tornaram possível uma ideia que nasceu há 2 anos atrás, em um grupo de facebook, e que hoje se tornou uma grande família disposta a ajudar todo mundo que gosta desse jogo enorme.
E além de tudo isso, não podemos esquecer sobre o quanto a LigaMagic foi importante nesse crescimento, sempre apoiando e acreditando nesse projeto, servindo de base para muitos novos criadores de conteúdo, e consequentemente novos jogadores também.
E nessa véspera de natal, próximos de finalizar esse ciclo que foi 2020 vamos voltar um pouco no tempo para relembrar as melhores adições para nós, comandeiros try hard.
Então sem mais delongas, vamos para o que interessa!o que 2020 trouxe de melhor para o mundo do Commander competitivo
(Vale lembrar que estaremos falando das cartas sem ranquear sua força)
Logo no início do ano com o lançamento de Theros Beyond Death já tivemos uma amostra do que estaria por vir nas coleções seguintes, pois ela nos trouxe um dos maiores símbolos do cEDH atual: Oraculo de Tassa
Nossa merfolk wizard veio numa época conturbada, onde Flash & Hulk dominava as mesas de commander competitivo, somando ainda mais força para a estratégia, que apesar de forte demandava uma estratégia com inúmeros “dead slots”.
Com o surgimento do Oráculo de Tassa tivemos a criação do chamado “Sushi Hulk”, que foi um ponto crucial para o banimento de Flash, já que transformava combos enormes em um combo de 2 cartas sem muitas janelas de resposta.
Você pode relembrar um de nossos artigos que explica esse assunto clicando Aqui: (Tassa’s Oracle & Banlist cEDH | Artigos LigaMagic | LigaMagic).
E pra provar que veio pra ficar, mesmo após essa impactante banlist, a Oráculo continuou sendo a protagonista da melhor wincondition atual, chamada de “Tassa’s Consultation”, que consiste em resolver um dos tutores proibidos com seu efeito na pilha.
Sem dúvida alguma podemos afirmar que estamos falando da carta que mais afetou o commander competitivo nesse ano, causando mudanças significativas no formato e possibilitando um meta mais rápido e estratégico, e isso se manteve nas coleções seguintes.
Mas ainda em Theros, tivemos outra grande surpresa para o formato.
Uma carta com um Power level muito elevado e que causou muitos problemas em outros formatos.
Estamos falando de Ruptura do Submundo.
Um encantamento de 1R que possui um efeito semelhante à outra velha conhecida do formato que reside na reserved list, que é a Yawgmoth's Will.
Com um drawback facilmente contornável, e a vantagem de manter suas cartas utilizadas ainda no seu cemitério, Breach passou a ser um dos combos mais utilizados dentro do cEDH logo após seu lançamento, pois abriu a possibilidade de acesso à estratégias muito resilientes.
Com apoio de outras cartas, principalmente Brain Freeze e Diamante Olho de Leao, nosso encantamento passou a ser uma das mais viáveis estratégias em muitos decks, inclusive aumentando a participação da cor vermelha dentro do ambiente competitivo, que até então sofria pela falta de consistência, apesar de ter recebido em agosto de 2019 nosso querido Extorsionista das Docas.
Graças a Ruptura do Submundo e Thassa's Oracle, é fácil sustentar a ideia de que talvez Theros Beyond Death tenha sido a coleção mais importante desse ano, criando uma linha marcante em relação ao Power Level associado ao cEDH.
Logo depois, mais precisamente em Abril, tivemos o lançamento de Ikoria, Lair of Behemots, que para o commander num âmbito geral, foi uma coleção muito aguardada e importante.
Nela tivemos a inclusão de algumas novas habilidades, como Mutate e Companion, essa que causou um dos eventos mais memoráveis do ano, que foi o primeiro Ban Pré-Lançamento da história do formato.
Você pode relembrar esse assunto clicando Aqui: (O primeiro Ban pré lançamento do Commander | Artigos LigaMagic | LigaMagic)
lutri, the Spellchaser foi a vítima da vez, pois além de não possuir nenhuma restrição em seu custo de companion, também vinha carregada com uma habilidade extremamente forte que dava flashback a uma instat ou sorcery de seu cemitério.
A lontra nunca chegou a ver um jogo, mas mesmo assim tivemos mais uma amostra do quanto a wizards estava focada em trazer cartas fortes ao ambiente do commander.
Além dela, nessa coleção também vieram outras cartas muito fortes como Kinnan, Bonder Prodigy, Rielle, the Everwise e Lurrus of the Dream-Den. Mas não foram eles quem mais impressionaram, e sim duas novas criaturas que vieram fazer historia no cEDH.
A primeira delas é nosso conhecido Magistrado de Drannith, que serve como uma ótima staple do formato, permitindo um hard control de forma agressiva, travando as zonas de comando de seus oponentes, além de linhas de combos de cemitério, que são muito presentes.
E ele não veio sozinho, e trouxe uma outra criatura que também acabou se consagrando como a carta que permitiu que o Boros desse as caras dentro do cEDH, que foi nossa tão amada (ou odiada) Winota, Joiner of Forces.
Uma das únicas criaturas lendárias que podemos dizer que realmente impactou o formato, e não por ser uma Broken card, e sim por ter feito o que nenhuma outra tinha conseguido até então, que era viabilizar sua combinação de cores.
Fora do âmbito competitivo, Boros sempre teve comandantes focados em combate, e que faziam o que propunham, mas nunca num nível de poder relevante o suficiente para atingir o cEDH.
Com o aumento do Power level das cartas vermelhas, e adições brancas poderosas como Drannith que foi citado acima, tudo que faltava era alguém que pudesse “reunir forças”. Algo que a Winota fez com Maestria.
Além disso, ela levou o stax para um nível dificilmente atingido por outros decks, já que permitiu o uso do termo “stax Ball”, solucionando o eterno problema de progressão e card advantage que a estratégia sempre teve.
Você pode relembrar nosso primer escrito pelo Gabriel “Jack” Medeiros, que esteve com ela no top 3 da Liga organizada pela cEDH Brasil clicando Aqui: (Boros no cEDH: Winota Primer | Artigos LigaMagic | LigaMagic)
E saindo das coleções padrão, tivemos como de costume o lançamento de Commander 2020 em Maio desse ano, trazendo cartas muito interessante, incluindo partners que até hoje são muito utilizados, como Cazur, Espreitador Impiedoso e Ukkima, Sombra Espreitadora e Brallin, Ginete de Tubarao-celeste e Shabraz, o Tubarao-celeste;
Mas mesmo com criaturas lendárias carregadas de flavour e efeitos muito legais, é inegável que o verdadeiro tesouro trazido para o público do cEDH foi justamente o ciclo de Free Spells que funcionam com a presença do comandante na mesa.
Nesse ciclo tivemos uma mágica instantânea de cada cor, totalizando 5, porém apenas duas delas viram jogo efetivamente, que foram Tutela Feroz e Golpe Defletor.
Ambas as cartas citadas acima sempre tiveram seu merecido lugar ao sol, mas como veremos mais a frente, com alguns outros lançamentos elas tiveram seu poder potencializado, se consagrando como cartas essenciais.
É muito importante perceber que desde o início, a wizards tem incluído cartas vermelhas muito boas, e que inclusive saíram um pouco do padrão conhecido pela comunidade do commander.
Brincadeira Mortal apesar de ser uma ótima carta com um efeito um tanto quanto útil é um pouco menos utilizada, mas ainda aparece em algumas listas.
E agora, pulando para setembro, vamos falar sobre uma outra coleção padrão que trouxe consigo o terror do 5c diretamente de Zendikar para as mesas dos jogadores de standard, mas que por outro lado, não foi tão impactante para nós, jogadores de commander competitivo.
Felizmente, olhando pelo lado casual, algumas cartas foram realmente surpreendentes, como Moraug, Furia de Akoum e Akiri, Viajante Destemida, que trouxeram efeitos fortes com um flavour ainda maior.
Mas não da pra dizer que não tivemos nada, já que além de um ciclo de Magicas/Terreno, pela primeira vez desde o banimento de Motor do Paradoxo (RIP Paradox), vimos um deck Selesnya jogar de igual para igual.
Yasharn, Terra Implacavel sem dúvidas merece um lugar nessa lista pelo mesmo motivo da já citada Winota.
Uma criatura lendária que permite uma combinação de cores dentro de um meta onde elas eram quase inexistentes, e que faz isso com maestria.
O nosso grande porco além de se aproveitar de uma estratégia focada em hard control também faz do Beat Down uma estratégia viável, já que consegue entrar prematuramente no jogo travando a progressão por fetchs e etc, alem de oferecer um corpo 4/4 muito perigoso.
Inclusive, fiquem de olho que logo vem Primer dele por aí!
E por último, saturada, mas não menos importante, em novembro desse ano tivemos a coleção que mais gerou pano pra manga, mais gerou polêmica e mais surpreendeu os jogadores.
Commander legends foi palco da carta mais visitada no site da LigaMagic, e de memes como “Manja muito de cEDH, heim colega”, entre outros.
Por isso e outros motivos, é quase que obrigatório relembrarmos as cartas que causaram toda essa movimentação.
É claro que estamos falando de uma coleção que marcou o commander, logo temos diversas outras cartas que mereceriam estar nessa lista. Mas com toda certeza, essa tríade nos apresentou com maestria o quanto uma coleção voltada ao formato pode trazer um aumento tão grande de Power level.
De um lado, um artefato que possibilita um early game super explosivo. Do outro, duas criaturas com flash que impactam a mesa de forma brusca, desacelerando oponentes e criando vantagem ao controlador.
Se você quiser ler um pouco mais sobre esse assunto, você pode encontrar nosso artigo clicando Aqui: (Melhores cartas de Commander Legends para cEDH! | Artigos LigaMagic | LigaMagic)
Apesar das opiniões mistas à respeito delas, é inegável que lançamentos como esse aquecem o coração dos comandeiros, abrindo espaço para jogos mais estratégicos, um deckbuilding mais delicado e pensado, que fomenta a busca por melhorias e adaptações nos planos de jogo conhecidos.
Mas além delas, temos outras duas personagens que não podem ficar de fora dessa lista, pois complementam e concluem o que discutimos antes nesse texto.
Logo após a surpresa de uma pseudo Black lótus, Commander Legends nos apresentou uma releitura de Wheel of Fortune que possui um efeito um tanto quanto confuso, mas indiscutivelmente forte.
Esse tipo de redundância presente no Commander é essencial, tanto para quem deseja buscar opções para cartas muito caras, quanto para fortalecer uma cor em seu ponto mais fraco, como foi esse caso.
Além desse feitiço, fomos apresentados à Rograkh, Filho de Rohgahh, que foi uma grande surpresa tanto para os amantes da competitividade, quanto para os filhos do casual.
Um comandante que custa zero, e que sempre terá o custo incolor, mesmo tendo sua identidade de cor vermelha, já soa como uma carta muito forte, e quando somamos isso ao meta atual do qual o cEDH vem passando, seu poder fica muito mais evidente.
Ele permite que cartas com restrições de presença do comandante, como o já citado ciclo das free spells de c20, assim como cartas que necessitam de criaturas lendárias como Mox Amber.
Fora isso, é muito comum dentro do cEDH mágicas que necessitam determinadas “foods”, como Diabolic Intent e Culling the Weak, que ficaram ainda mais uteis, visto que agora temos acesso a uma criatura sem custo que está disponível desde o início do jogo.
Rograkh trouxe mais fôlego ao grixis, junto ao seu esquecido parceiro Silas, e isso já é motivo suficiente pra afirmar que estamos tratando de um grande personagem do formato.
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E assim terminamos nosso especial de fim de ano, onde relembramos as melhores e mais impactantes cartas do ano nesse artigo mais descontraído.
É bom lembrar que essas não foram as únicas, e estão aqui por terem tido impacto no formato de uma maneira geral, o que não descarta a utilidade das outras cartas que não apareceram.
Se você gosta de commander competitivo e tem interesse no assunto, não se esqueã de conferir a cEDH Brasil no Facebook, assim como as demais redes sociais.
Temos lives de gameplay pela Twitch as terças e sextas na twitch.tv/cedh_brasil, e lives de conteúdo teórico às quartas pela twitch.tv/papo_cedh.
Aproveito para agradecer novamente a todos que acompanham nosso trabalho e estão com a gente sempre fortalecendo a criação de conteúdo.
Agradecendo também a grande família que é a LigaMagic e também ao pessoal que faz parte da cEDH Brasil.
Espero que tenham um Feliz natal, um prospero ano novo cheio de reprints caros e boosters recheados de boas Míticas.
Um grande abraço, e até ano que vem!
Jefferson “Jeff” Barbosa
Jefferson C Faria Barbosa ( D3AD)
Jefferson Barbosa, mais conhecido como Jeff, conheceu Magic em Lorwyn e desde então vem aprofundando seu amor por card games. Desde sempre se considerando um amante do competitivo, participou da criação do grupo cEDH Brasil e vem criando conteúdo sobre formatos multiplayer em projetos conjuntos e independentes!
Comentários
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(Quote)
- 28/12/2020 09:38:40
Ótimo artigo, estou adorando o formato e torcendo por mais cartas nesse nível.
(Quote)
- 26/12/2020 00:09:17
Tenho que concordar com o Nogueira. Jeska's Will deveria ser citada. No mais, tudo nos conformes, Belo texto
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