Fala galera, é um enorme prazer escrever mais um artigo para a LigaMagic, depois de um longo hiato sem aparecer por aqui.

Hoje eu gostaria de fazer uma introdução ao Pioneer, formato esse que foi recém- inaugurado pela Wizards, que a grosso modo podemos dizer que é um Modern menos apelão.

Logo que foi anunciado o formato Pioneer eu realmente me empolguei bastante, o motivo? É porque teria a oportunidade de jogar com 2 decks que eu mais gostei de jogar nos últimos anos, o Marvel e o Temur Saheeli. Sim, não são decks de Midrange como eu estou acostumado a jogar e sou um fã declarado, mas ao longo dos anos jogando magic eu também me apaixonei por esses tipos de deck de combo.

Na primeira oportunidade que eu tive montei um Marvel, e na época que esse deck jogava standard, era o famoso "ou ama ou odeia", então eu tentei montar uma lista baseada na que eu jogava antigamente, e na segunda league consegui fazer um 5-0, porém, a alegria parou por ai, com tantos Teferi, Time Raveler e Oko, Ladrao de Coroas jogando fica muito ruim você consegui ativar o Marvel com êxito, já que o Teferi inibe o cast da carta proveniente do Marvel, e contra o Oko apesar de você conseguir usar a ativação e castar a spell com sucesso, será apenas uma vez, se falhar na primeira ativação, provavelmente seu oponente o transformará em um Elf 3/3.

Logo após o fracasso com o Marvel, eu parti para o Spirits, e com esse até tive uns resultados melhores, jogando com várias versões, seja ela Bant, Bant com Oko, UW e por ai vai e depois de uns dias jogando o deck começou a ficar um pouco manjado, já não estava tendo o mesmo sucesso de antes, foi então que eu finalmente comecei a jogar de Saheeli Combo, e aí foi realmente só vitorias atrás de vitorias, o deck era realmente insano, até que o previsto aconteceu, o banimento que afetou o deck.

Essa longa introdução, foi basicamente para mostrar o meu ingresso no Pioneer e também para que vocês pudessem notar que ele é um formato muito interessante, pois é muito mutável e flexível pois a Wizards solta banlist todas as segundas, quando eu digo que ele é interessante por conta disso é que permite a você que jogou magic nos últimos anos, possa reviver a nostalgia do seu deck favorito, e além disso, incrementa-lo com algumas cartas que não jogavam ou nem existiam na época. E se você for como eu, que gosta de inventar decks, tentar builds complexas, esse formato também é para você, ele permite que existam decks de todos os tipos, sejam Controls, Aggros, Midrange, Combos, tudo bem que, alguns, mais fracos que outros, pois como é notável a Wizards tenta a cada semana modelar o formato para que ele seja cada vez mais saudável e justo, e com isso cresce a expectativa de um novo field a cada semana. Eu entendo que alguns de vocês possam não gostar disso, mas também temos que salientar que já houveram semanas que nenhuma mudança no formato, mesmo eu achando que ele atualmente precisa de uma modificada.

Vamos agora falar especificamente sobre os decks que estão circulando por aí com maior intensidade. No prezado momento o deck que tem uma dominância no formato é o MonoBlack Aggro, nos últimos 3 grandes torneios Pioneer que aconteceram no MOL, tivemos pelo menos 4 MonoBlack presentes no top8 em cada um desses torneios, logo, notamos que o deck está claramente a frente dos outros. Antes de continuar a argumentação, vejam a lista abaixo:

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A minha primeira impressão que eu estive a olhar essa lista foi, "que deck de merda", mas muitas vezes nos enganamos, pois, o deck no papel parece ruim, e na jogabilidade é incrível. E o que faz esse deck ser um deck incrível ao meu ponto de vista é apenas uma carta, o Smuggler's Copter, ele faz com que o deck nunca perca o gás, além de ser extremamente agressivo e evasivo, acredito que sem o Copter, o Monoblack ainda possa ser um deck bom, mas não terá a mesma potência que tem hoje.

Já que começamos com um aggro, vamos manter na mesma linha, o Green Stompy é um deck muito forte também, e é considerado um dos tier 1 do momento, ele conta com duas cartas extremamente boas, o Oko, Ladrao de Coroas  e o Once Upon a Time, que fazem com que não seja um deck inconsistente e ainda assim bastante rápido.

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E por último, outro deck que teve destaque essa semana nos PTQ’s online foi o RG Aggro, um deck que abusa de criaturas rápidas e fortes somado com Embercleave que muitas vezes surpreende o oponente e faz uma revira volta no jogo.

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Saindo dos aggros e indo agora para os Midranges nós temos mais boas opções e agora vou falar da minha queridinha que é o Bant Field

Eu sempre gostei da estratégia de usar terrenos com habilidades como sendo a base da estratégia, como é o Valakut no Modern e agora o Field of the Dead no Pioneer

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Essa estratégia é legal pois podemos ter muitas variações da mesma, assim como:

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Eu já até cheguei a ver RG Ramp, tendo sempre como base o Field of the Dead. Essa estratégia é boa, pois não é tão simples com que seu oponente consiga lhe dar com os terrenos, pois a maioria das remoções que temos rodando no field claramente são de criaturas, planeswalker e até de artefato, porém de terreno raramente vamos ver circulando algo main deck, e ainda assim pos-SB não é tão simples que vc queira colocar algo especifico para poder parar a habilidade de terreno, já que por muitas vezes com a Hora da Promessa, você pode pegar 2 Field of the Dead e quase que inutilizar seu land destruction. Outras cartas que podem arruinar o plano desses decks de ramp é o Ego, mas eu digo por experiência própria que muitas vezes meus oponentes fizeram o Ego e eu tendo apenas 1 Field of the Dead na mesa consegui ganhar o jogo. Arquétipos aggros tem uma vantagem sobre esse deck, tendo em vista que a maioria deles usam Copter e que o mesmo não morre para uma Supreme Verdict ou qualquer outro feitiço de remoção global usado atualmente, o seu adversário não necessariamente precisará fazer todas as criaturas da mão, isso sem contar que criaturas como Steel Leaf Champion, Questing Beast, e criaturas com fly são o terror dos nossos pobres Zumbis 2/2.

Ainda comentando sobre a estratégia de ramp, temos o MonoG Ramp, que apesar de também ter o Field of the Dead, ele não se baseia nisso para obter suas vitorias, ele está voltando bem mais para conseguir fazer um Ugin e/ou Ulamog a infestar a mesa de Zumbis.

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Apesar desse próximo deck conseguir fazer muitas manas nos turnos iniciais, eu não o considero como um ramp, pois sua estrategia principal não se baseia em uma carta pesadíssima, e sim na combinação de custos verdes para poder abusar do Nykthos, Shrine to Nyx. Esse deck era muito mais forte antes do banimento da Leyline of Abundance, mas mesmo depois do deck ter sido prejudicado por isso, ainda vemos ele bastante presente nas Leagues e em alguns Challenges no MTGO.

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Finalmente deixando o verde um pouco de lado, temos o UR Phoenix, deck esse que eu honestamente nunca joguei com ele, e acho que é um deck que tem um grande potencial. Talvez por temos no formato muito hate grave, ele não seja tão bom assim no pós sideboard, mas eu não posso afirmar com propriedade o porquê ainda não vemos esse deck ser mais jogado e consequentemente tendo um destaque maior.

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Galera, essa foi uma breve introdução a esse formato que eu tenho amado jogar, esses decks que eu apresentei a lista são apenas alguns de uma imensa gama de decks que podem ser feito nesse formato, coloquei apenas esses pois foram os que tiveram mais destaques nos últimos torneios, mas se você é fã de Control ou Combo por exemplo, você certamente poderá mergulhar nesse formato também, seja criando sua própria lista ou netdeckando de algum amante desses arquétipos, garanto que você irá se divertir.

No momento ainda estou liderando o ranking de troféus no Magic Online nesse formato e tenho jogado em torno de 8 horas por dia exclusivamente de Pioneer então se você tem alguma dúvida ou quer fazer alguma pergunta sobre o formato, fique a vontade que responderei assim que possível.

Até a próxima!
_Batutinha_