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O Submundo do Modern - Eminent Domain
Roubando? Não... Só pegando emprestado por um bom tempo
04/12/2018 10:05 - 10.768 visualizações - 10 comentários
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Você gosta de destruição de terrenos no estilo Ponza? Você gosta de um jogo controlador no estilo Tempo? E se essas duas estratégias casassem e tivessem um filho? Garanto que esse filho aprontaria altas confusões e travessuras nos torneios por aí e isso é o que você verá hoje, aqui no Submundo do Modern! Onde mesmo com essa chamada mista entre Fantástico e Sessão da Tarde, posso garantir que o texto que vem a seguir será muito bom!
 
Admito que quando vi essa lista eu quase nem cliquei nela, já que a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Domain Zoo, deck que conta com vários tipos de terrenos básicos diferentes para abusar de cartas como Tribal Flames. Felizmente o primeiro nome do deck, "Eminent", foi o suficiente para ver o que esse suposto Domain Zoo tinha de diferente. Pra minha surpresa, e para a de vocês agora também, quase todas as 60 cartas da lista acabaram sendo diferentes. Pilotado pelo jogador Arxz Arcos, lhes apresento o mais lindo lockdown que vocês presenciarão nesse ano:
 
Eminent Domain
 
26/11/2018
R$ 72,91
R$ 706,66
R$ 29.104,17
 
26/11/2018
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (4)
4   Titã de Gelo    0,90
Mágicas (18)
4   Raio  4,67
4   Visões do Soro  1,79
1   Adentrar o Turbilhão   0,10
3   Amuleto Izzet   0,20
2   Fúria dos Deuses    1,14
4   Fogo Grego    1,04
Artefatos (8)
4   Pedra da Mente  0,75
4   Sinete Izzet  2,40
Encantamentos (8)
4   Anexar    0,20
4   Correia dos Sonhos    0,37
Terrenos (22)
1   Fábrica de Caldeira Izzet 0,25
9   Ilha 0,00
8   Montanha 0,00
4   Recifes de Shiv 3,99
60 cards total

Sideboard (15)
2   Cripta de Tormod  0,75
2   Delir  0,45
2   Pela Força   0,50
2   Adentrar o Turbilhão   0,10
2   Calcinar   0,10
2   Garra de Dragão  0,07
2   Negar   0,08
1   Fúria dos Deuses    1,14
 
O deck é praticamente um amontoado de cartas que você nunca verá em nenhum outro deck, ou qualquer outra coisa, dentro desse formato. Annex? Dream Leash? Wildfire? Nem mesmo decks focados em destruição de terrenos usam essa última carta e eu aposto que vocês tiveram que ir conferir o que as duas primeiras fazem. Não se sintam mal, pois mesmo eu que joguei na época de todas essas aí ainda precisei dar uma verificada só por desencargo de consciência.
 
Pois bem, a estratégia aqui como disse é uma fusão das estratégias citadas na primeira linha do texto. Ao invés de destruir os terrenos do oponente, pegaremos eles para nós e, com a ajuda de alguns cantrips e anulações, formamos o nosso jogo e arranjamos mais maneiras de impedir o jogo do oponente. Quando tudo estiver perfeitamente alinhado, um Frost Titan descongela a partida a nosso favor e encerra ela em poucos turnos.
 
Começamos a partida com as cartas de custo baixo para nos ajudar a chegar seguramente nas cartas de custo alto e que fazem o deck rodar. Serum Visions é tão importante também no começo da partida quanto no final, pois nos oferece a opção de achar as acelerações que precisamos e/ou as cartas que roubarão os terrenos do oponente. Já em uma situação mais avançada do jogo, acaba sendo responsável por achar nossa condição de vitória ou cartas para nos proteger, como Wildfire e Anger of the Gods. Izzet Charm tem, em partes, a mesma função, porém com uma versatilidade maior por conseguir remover criaturas e servir de anulação também caso essas opções sejam mais interessantes no momento do que reciclar algumas cartas de nossa mão.
 
Izzet Signet e Mind Stone tem a primordial função de nos garantir mana extra o quanto antes. Uma das vantagens do Ponza nesse formato é que as destruições de terrenos para ele custam, no mínimo, 3 manas, então para que isso não se torne algo bem, mas bem ruim pra gente, tentamos então manter o ritmo conjurando algumas dessas pedras de mana em nosso segundo turno, permitindo então pelo menos a conjuração de um Annex no turno seguinte. Além disso, Mind Stone também tem uma bela função em jogos longos (situação normal para essa lista), onde ela pode ser sacrificada por uma compra adicional.
 
 
Anger of the Gods, Lightning Bolt e Into the Roil servem para segurar nosso jogo no caso de enfrentarmos estratégias rápidas. Anger of the Gods pode limpar a mesa de criaturas pequenas, sendo extremamente útil também em um ambiente cheio de Vengevine, Bloodghast, Arclight Phoenix e várias coisas que desencadeiam efeitos quando criaturas morrem, mas nesse caso elas são exiladas então tá tudo bem. Lightning Bolt é aquela remoção manjada e perfeitinha do formato, servindo também como dano direto nas horas vagas, geralmente encerrando a partida na medida quando necessário para esse propósito. Into the Roil é mais uma carta para a nossa já longa lista de cartas úteis para o começo e fim da partida, onde pode tanto ser usada para retirar algo logo no início, nos dando tempo para organizar nossas peças, ou usada no fim da partida, servindo como remoção chave ao tirar algo que impede diretamente nossa vitória ou compromete drasticamente nosso jogo, ao mesmo tempo é claro que também nos oferece uma compra extra.
 
Tendo tudo isso em mente, de como chegaremos ao nosso objetivo, resta então ver qual é o objetivo de fato. Roubar terrenos do oponente é muito melhor do que simplesmente destruir eles, já que ao mesmo tempo que impedimos ele de conjurar mágicas, nós ficamos mais perto de nossas bombas. Sendo assim, ao começarmos com esse procedimento no turno 3 ou 4 e continuar com isso por mais um ou dois turnos, veremos que mesmo que ele tenha conseguido colocar algo em jogo no comecinho da partida, o jogo dele não avançou muito mais e dificilmente continuará avançando.
 
Os decks nesse formato já jogam naturalmente com poucos terrenos, usando inclusive fetchlands para tentar diminuir a compra de terrenos durante uma partida ou até mesmo queimando o próprio grimório ou reciclando terrenos da mão em busca sempre de maior versatilidade e oportunidades para conjurar mágicas sempre mais efetivas. Quando começamos então a atrapalhar as jogadas do oponente com os terrenos que ele tinha e onde baseou todo seu plano de jogo, começamos a ver que a coisa toda começa a desandar e o desespero bate.
 
Depois de um ou outro terreno roubado, o oponente provavelmente estará de frente com uma de duas situações aqui: ou ele enfrentará um Frost Titan, ou será vítima de um Wildfire. Vejam só a seguinte linha de jogo:
 
Turno 1: Terreno;
Turno 2: Terreno, Izzet Signet;
Turno 3: Terreno, Annex
Turno 4: Terreno, Wildfire
 
Roubamos um terreno do oponente, então independente de ele ter começado a partida ou não, ele ficará sem nenhum terreno no campo de batalha, enquanto nós ficamos com um (já que sacrificamos muito provavelmente o qual roubamos dele), além de um Izzet Signet, o que já nos garante, com certeza, duas manas em nosso próximo turno. Se o oponente ainda tinha alguma criatura no campo de batalha, é pouquíssimo provável que ela tenha sobrevivido aos 4 pontos de dano causados por essa remoção. Enquanto ele volta à estaca 0, com um número bem baixo de cartas em sua mão, nós estamos em uma situação bem melhor e com muita carta para ser jogada e explorada até acharmos nosso Frost Titan.
 
Ah! Aproveitando a menção desse titan, imaginem então um dele no lugar do Wildfire nessa linha de jogo. O oponente terá um terreno travado por ele assim que ele entrar no campo de batalha, deixando-o então com 2 ou 3 terrenos desvirados. Pode parecer bastante ainda, mas devemos levar em consideração que qualquer remoção que ele tentar conjurar terá um custo adicional de 2 manas, ou será anulada. Dito isso, algumas poucas opções estarão disponíveis para remover esse gigante do campo de batalha, sendo elas provavelmente Path to Exile ou Assassin's Trophy e, ainda assim podemos nos preparar para elas se soubermos que o oponente as possui ou, ainda assim, podemos nos aproveitar de mais cartas nos oferecendo terrenos.
 
A junção de Frost Titan e Wildfire é o que realmente procuramos aqui para um jogo perfeito, pois mesmo nessa linha de jogo que citei, mesmo deixando o oponente sem terrenos, nós também não teremos o suficiente para conjurarmos nossa única win condition, então teremos de achar terrenos para ganhar a partida e enquanto isso o oponente, dependendo do que estiver pilotando, pode aproveitar esse tempo para se recompor e voltar para o jogo.
 
 
Claro que as vezes que conseguiremos o gigante antes da destruição em massa não serão tão frequentes, devido às variações tanto de nossa lista quanto da linha de jogo do oponente. Claro também que ainda teremos várias cartas para roubar o que o oponente baixar mesmo depois de um primeiro Wildfire e é há a probabilidade alta de precisarmos de mais de uma dessa carta na mesma partida para ganharmos. Completamente normal. A estratégia usada por esse deck é bem diferente de qualquer outra, até mesmo do próprio Ponza que citei ou de algum deck Tempo Control que possui, em sua maioria, pouquíssimas condições de vitória, então mesmo que seja bem divertido pilotar ele, ainda pode ser necessário um pouco de treino ou tempo para se acostumar com o ritmo dessa lista. Fiquem espertos quanto a isso.
 
Todos os exemplos que dei até o momento se baseiam em nossas melhores combinações, mas tenham em mente que não é sempre que começaremos a roubar terrenos do oponente logo no 3º turno, porém isso não quer dizer que quando for dessa maneira, nós estaremos perdidos. Nesse aspecto o lado Tempo do deck deve ser acionado antes, então administramos bem nossas remoções para então começarmos com a estratégia principal.
 
Agora, mudando o rumo da conversa, eu tenho certeza que já viram o preço do deck logo de cara. O menor preço para ele é de R$ 126,00 na data em que escrevo esse texto, então para qualquer um que curta estratégias lentas e queira ou inovar ou até mesmo jogar um FNM de última hora ser ter nada Modern disponível, de uma hora pra outra é fácil montar essa lista. Já para os que tem interesse em melhorar ela, nada melhor do que iniciar com algumas duais e fetchlands, padrão para o formato. A base não tem muito o que mudar, já que as melhores (e praticamente únicas) cartas de roubar terrenos que temos são essas, o mesmo vale para Serum Visions, Lightning Bolt...
 
O que mais temos de volátil na lista são cartas como Into the Roil e Izzet Charm, não por serem cartas ruins, mas por serem dependentes de certa preferências. Remand, Mana Leak e Condescend são opções interessantes para usar aqui, confiando mais no lado controle do deck, já que como atacamos a base de mana dos oponentes, é pouco provável que ele tenha mana extra para pagar por suas mágicas ou até mesmo a quantidade necessária para conjurar ela novamente, no caso de usarmos Remand. Boomerang é uma opção interessante também, porém nesse caso seria mais seguro com uma base de mana mais "cara", com duais te garantindo duas manas azuis no segundo turno, conseguindo atrasar lindamente decks que já não possuem um início rápido. Claro, Jace, the Mind Sculptor também é uma ótima carta para lista, pois todas as suas habilidades funcionam muito bem com nosso estilo de jogo, então se você tiver alguns na manga, não deixe eles de lado.
 
Por hoje é isso! Espero que tenham curtido a estratégia! Deixem aí seu comentário e espero vocês no próximo mês com mais decks bizarros aqui no Submundo. Um grande abraço e até mais!
 
 
Paulo Alessandro Sante ( Teddy_Bear_X)
✒️ Designer Gráfico
🎮 YouTuber (Destiny 2)
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Comentários
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(Quote)
- 05/12/2018 13:11:17
lista legal, lista criativa, lista BARATA 3, Sinto mto falta disso no modern, formato eternal mto manjado, o própio legacy tem mais listas boas e baratas para quem quer comecar, bom artigo ..abracooo
(Quote)
- 05/12/2018 08:58:12

Eu tinha. Usava Magnivoro + Terrávoro com Assalto Sismico tb

(Quote)
- 04/12/2018 21:59:43
alguem tem base desse deck passando? hahaha
(Quote)
- 04/12/2018 21:39:51
kkkk ta ai acho que é o deck mais criativo que vi aki, barato e nada dos famosos cliches
(Quote)
- 04/12/2018 21:06:14
Na época de Kamigawa, 9ª edição e Ravnica no T2 era o UR Magnivore...

hahahhaha
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