"Ah, o modern... Com decks suuuuper interativos e diversão garantida, como você não iria querer jogar esse formato? "
 

Como se referir ao modern, se não como um formato unfair e tóxico?

Mas é como dizem: Se não pode vencê-los, junte-se a eles.
 

Modern é um formato em que os decks tentam fazer coisas tão absurdas em tão pouco tempo que chegamos ao ponto de muitas vezes nem olhar para o que nosso oponente está jogando, pois queremos apenas tentar acabar com o jogo o mais rápido possível.

Mas existiu um tempo de paz. Um tempo onde existia uma "ordem mundial". Não muito atrás existia o tratado de paz, Twin-Jund. O Twin impedia coisas degeneradas demais de existirem no formato devido ao famoso "perde no 4 do Twin", ao passo que o jund controlava a existencia do Twin, para este não dominar o ambiente.

Eu gosto de ver o modern como Gotham City. Twin era o Coringa, enquando o Jund era o Batman. O Coringa era tão louco que os outros bandidos ficavam de boas, fazem uns crimes, mas ficam na deles. Ao passo que o homem-morcego impede que ele queime toda Gotham.

Tivemos a seguir uma época onde o coringa morre. A Liga das Sombras decide que Gotham deve morrer. Temos assim o "Eldrazi Winter".

Batman sozinho não consegue conter toda a Liga e o modern vive momentos "sombrios". Mais uma vez o destino chega e mata essa ameaça.
 

Um novo bandido chega para controlar Gotham. O Infect reina enquanto o Jund e seu companheiro menor, o Abzan, controlam a ameaça. Até então estava tudo bem, mas o destino chegou e disse adeus a uma parte muito importante do infect e dando fim a esse arco na história de Gotham.
 

Mas e como o Modern está agora? Vamos olhar os decks considerados os mais presentes no foramato (dados do MOL), e que são os tier 1 na atualidade. 

 

Affinity - "O Pinguim"

 

 

 

Ele sempre esteve em Gotham. Sempre foi um grande bandido, porém, nunca foi muito impressionante. Tirando seu exercito de bandidinhos, ele não tem nenhum poder de fato.
 

Um dos decks mais clássicos do formato. Explosão e sinergia o definem. 
 

Quem já jogou contra um Affinity sabe que no jogo 1 ele muito provavelmente não liga pra quem está do outro lado. O jogo é baixar a mão toda o mais rápido possível, e punir o oponente enquanto ele tenta desenvolver seu jogo, tentando aproveitar o máximo das cartas que geram muito poder para ele como Arcbound Ravager, Cranial Plating, Steel Overseer. Pós side a coisa muda, ainda sim, mesmo com vários hates, como Stony Silence e Ancient Grudge, o Affinity permanece.

 

Eldrazi Tron - Liga das Sombras
 

 

    

 

Apesar do banimento, a Liga das Sombras ainda existe. Ela não é a mesmo que já foi, porém, ainda pode chegar batendo bem forte na cara da galera. Ela aterroriza Gotham de alguma maneira.

Esse já é um deck mais novo no formato, mas que vem apresentando uma ótima performace. Apesar das cartas de custo alto, não se engane, é um deck bem rápido. A chave aqui é "roubar" nos terrenos. Tanto o trio de urza, quanto Eldrazi Temple, garantem uma velocidade totalmente diferente da normal. Jogadas como, fechar o Tron no 3, garantem uma vantagem no começo do jogo e ter Reality Smasher te batendo turno 3, dói.

Diferente do Afinity, nos importamos um pouco mais com o que nosso oponente está usando, mas o esperado é que a força bruta do deck seja o suficiente para passar por cima do oponente de qualquer maneira. 

 

Storm - Bane

 

 

    

 

É um dos bandidos mais poderosos do Batman, que basicamente possui um câncer embutido. Sempre que ameaça dominar demais Gotham banimos uma parte dele. Infelizment,e ele sempre volta.
 

 

Vou começar dizendo que acho que a habilidade storm está no TOP5 habilidades mais odiadas e nojentas do magic. Não por ser uma habilidade ruim ou forte demais, mas principalmente por incentivar um tipo de jogo não interativo e com turnos que demoram muito tempo. Após esse breve intervalo para meu choro particular, podemos continuar.

O deck ganhou muito com a vinda de Baral, Chief of Compliance, e tem chances de combar facilmente no turno 3, caso consiga resolver uma das criaturas no 2 e ela não for respondida. Pro jogo longo, temos Gifts Ungiven, para, praticamente, garantir o combo no turno seguinte.. 
 

Burn - "Duas Caras"

 

 

Além da cara queimada, o deck também se assemelha ao bandido em sua maneira agressiva de "apostar na partida". Comprou umas lands a mais do que devia? Acabou seu gás. Tirou a face errada da moeda, seu oponente ainda está vivo.
 

Bom e velho do modern, o Burn tem passado por uma boa fase. O deck é rápido e dificil de ser detido com tanto dano indo na cara de nossos oponentes. 

A versão mais usada atualmente deixou de lado as criaturas (antes o splash verde trazia Wild Nacatl) para uma versão mais Boros, deixando com menos criaturas e mais magicas para queimar o oponente. O splash verde, que agora garante apenas o sideboard, foi deixado de lado por uma base de land melhorada, contando com as fastland RW.

 

Jund Deathshadow - "Batman Full Pistola"

 

 

    
 

"Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão."

 

Esse tem sido talvez o maior astro dos últimos tempos e que tem definido quem fica com ele no tier 1 (geralmente aqueles que tem uma match pelo menos decente contra). 

Particularmente, acredito que a maior força desse deck é aproveitar o Drawback das cartas como sua maior força. Você quer uma base de lands boa? Vai ter que perder vida com fetchs e shock. E não é que ele gosta de perder vida? 
 

O mesmo vale para Thoughtseize e Street Wraith. O deck se alimentar dessas supostas "fraquezas" das cartas, é o que deixa ele tão poderoso. Em matchs mais demoradas, e com mais atrito, ele pode trocar um pouco de sua velocidade por resiliencia, com seu splash para o branco, dando acesso à Lingering Souls e Ranger of Eos. 

 

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Os Tiers 1 do modern atual surpreendem em sua velocidade e consistência para atacar um oponente desprotegido. E ainda vemos que os ataques vem de multiplas direções: criaturas pequenas, criaturas grandes, mágicas de queima ou mesmo combos, o que dificulta em muito um deck mais control conseguir se destacar nesse cenário. 
 

São vários bandidos na base da loucura. Gotham está pegando fogo e o próprio Batman está pendendo para o outro lado. Qual será o próximo capitulo dessa história?
 

Vamos aguardar e ver como o meta se desenvolve, afinal falta pouco mais de 3 meses para o GP modern no Brasil, e queremos estar prontos para ele e para o que quer que possa rolar em nossa Gotham!
 

Ficamos por aqui e nos vemos em breve!