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Explorando novas fronteiras
Um novo formato.
Por
05/12/2016 14:00 - 7.629 visualizações - 36 comentários
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Olar magiqueiros, depois das nossas viagens pelo multiverso na classe econômica, venho convidá-los hoje para mais uma viagem para explorar, desta vez, uma nova fronteira do nosso amado joguinho. 
 

Trocadilhos infames a parte, estou aqui hoje para falar de um formato novo e que vem ganhando certa notoriedade nos últimos tempos: o Frontier. Se vocês acessam o Mtggoldfish com frequência devem ter notado que uma nova seção surgiu na parte de metagame, e ela cobre o meta deste formato, o que me levou a uma enorme curiosidade, pois eu sabia um enorme total de 0 coisas sobre frontier até uns dias atrás.

 

Então, acho que é a hora de todos nós conhecermos melhor esse novo formato, como anda o meta dele e ainda as polêmicas (porque jogador de Magic adora uma treta de "meu formato é melhor que o seu") e se valhe a pena se arriscar no frontier. Sigam-me os bons!

 

O que é o Frontier?
 

O ponto de partida da nossa exploração aqui é inicialmente saber onde estamos pisando. O Frontier é um formato surgido em 2016, graças a duas lojas japonesas que começaram a organizar torneios semanais no formato. A premissa básica é simples, um formato que não rotaciona e utiliza cartas do novo frame, surgido na coleção de M15. O Modern utiliza cartas a partir do frame surgido em 2003. Então pode-se dizer que the Frontier is the new Modern, porque ele utiliza cartas apenas das expansões com o frame novo, a partir de Magic 2015, nada que saia em edições como Masters ou Commander, que já não sejam válidos no formato pode jogar. Ou seja, temos uma pool de aproximadamente 2 anos mais recentes em cartas do jogo válidas para a montagem dos decks.

 

Mas e o metagame?
 

Bom, aproveitando que o Goldfish fez uma sessão novinha pro formato, vou tirar de lá as principais listas do meta do Frontier, atualmente. Se você joga/jogava/jogou Standard desde que saiu M15, provavelmente vai encontrar várias semelhanças entre os arquétipos do Frontier e os arquétipos de sucesso do T2 recente. Aliás amiguinho, se você era da parcela de pessoas que odiava com todas as forças Siege Rhino e Collected Company, e o estrago que eles faziam no T2, tenho más notícias para você. 

 

Os decks estão marcados como Vintage apenas para a postagem. são todas listas válidas no Frontier.
 

[DECK 472849 NOT FOUND]

 

Lembra do 4C Rally? Pois é, olha ele ai de novo. Esse deck era o meu preferido na época que estava bombando no Standard, acho ele sensacional. Basicamente um deck cheio de interações ótimas que busca abusar da mecânica de sacrificar criaturas com Nantuko Husk para tirar valor de cartas como Zulaport CutthroatCatacomb Sifter, reutilizar tudo com Rally the Ancestors, e deixar seu oponente sem saber o que aconteceu de tanta coisa que você fez. 


[DECK 472868 NOT FOUND]

Temos aqui um deck focado em descer a porrada no oponente, o clássico aggro. Criaturas que caem rápido e entram com os dois pés no peito, é o que temos com Reckless Bushwhacker, Monastery Swiftspear, Mantis Rider e Kytheon, Hero of Akros. O deck conta com cartas que apoiam e ajudam a dar um tempo e alcance a mais na forma de burns, e Reflector Mage, que atrapalha o oponente que quiser brincar de race ou tentar segurar a porrada bloqueando com algo grande. 


“Ah, mas pra que eu vou fazer isso com a minha vida? Jogar um formato com Collected Company  enchendo o saco de novo ? Ah não”. Calma companheiro, que agora eu vou te dar um ótimo motivo para adorar o Frontier (ou terminar de odiar né, nem todo mundo tem bom gosto, fazer o que...).


[DECK 472881 NOT FOUND]


GOBLINS. Sim, eles mesmos. Um dos dois primeiros tribais sólidos do frontier é composto pela tribo mais amada de muitos planeswalkers. Acho que um mono red Goblins dispensa explicações profundas né? Baixe Goblins, passe o carro em cima do oponente, ai baixe mais goblins, bata mais ainda...E se o oponente sobreviver, toque fogo nele. Simples, feio e direto, como todo bom Goblin. 
Bom, se Goblins é um dos tribais sólidos que estão fazendo sucesso, quem são os outros? Claro, só podiam ser eles:
 

[DECK 472888 NOT FOUND]

 

Se você viu o Eldrazi Winter no Modern sabe o que essas coisas fazem. Se você viu um deck que mais da metade das cartas são válidas no Standard arregaçando no Legacy, sabe bem que os Eldrazi não chegaram para brincadeira. Assim como o Bant modern, o deck tem a base em Thought-Knot Seer, Reality Smasher, Eldrazi Displacer. entre outros bichinhos "pé-na-porta-soco-na-cara". Aliás, nesse deck da pra notar que quem não tem Noble Hierarch caça com Elvish Mystic

 


 

Eu creio que esse deck só tende a ficar mais poderoso com o tempo, com as novas expansões, mesmo que os Eldrazi propriamente ditos provavelmente não voltem tão cedo (assim esperamos). o deck tem aquela cara de que é fácil achar coisa que possa jogar e encaixar na estratégia. Sinceramente, ele e o Rally seriam minhas apostas para ingressar no formato.
 

[DECK 472900 NOT FOUND]

 

Já estava na hora de aparecer aqui um deck que tira o sorriso da cara dos oponentes. Um deck pautado em encher o saco, dominar a partida e vencer lenta e dolorosamente, do jeito que jogador de control gosta. Aqui temos praticamente um monoblue totalmente focado em segurar bastante o jogo para finalizar com alguns golpes de Torrential Gearhulk ou um Part the Waterveil despertado. Se você gosta de monoblue e não gosta de ter amigos, vai fundo. 
 

[DECK 472904 NOT FOUND]

 

Um monogreen focado em marcadores. Praticamente o deck todo interage com isso, e o faz muito bem. Com destaques para Hangarback Walker, que consegue gerar um valor absurdo facilmente em estratégias assim, e a musa Nissa, Voice of Zendikar, que manda um bônus legal para todo mundo. O deck é rápido, consistente, e seu mana elfo no primeiro turno pode virar facilmente um “batendo com meu elfo 5/5” nos pŕoximos turnos. 
 

[DECK 472908 NOT FOUND]

 

Por último, mas não menos importante, temos o que parece ser uma evolução do Jeskai Black, que era um deck Control/Tempo que fez sucesso no T2 há algum tempo atrás. O deck é recheado de cartas poderosas, como JJace, Vryn's Prodigy, Tasigur, the Golden Fang e Soulfire Grand Master, além de contar com mágicas poderosas que ajudam a ganhar muita vantagem rapidamente para cima do adversário. Collective Brutality, Dig Through Time e Crackling Doom são destaques, e fazem um estrago muito grande quando encaixadas na hora certa. 
 

 

Terra de ninguém?

 

Como tudo novo no Magic, o Frontier tem causado certas discussões na comunidade de jogadores. Muita gente já tomou uma posição contrária ao formato e acredita que ele não durará. Dentre os argumentos estão o desequilíbrio aparente e a pouca variação de arquétipos, causado principalmente pelo pool relativamente restrito de cartas e pelo fato do formato ainda não possuir uma banlist.
 

Os argumentos favoráveis ao formato são de que ele faz vender cartas que nunca verão jogo em outros formatos e é uma forma mais barata de entrar em um formato que não rotaciona, visto que os preços do Modern estão restringindo cada vez mais o ingresso de novos jogadores no formato, e nem todos tem a disponibilidade financeira, ou o interesse, de acompanhar as rotações do Standard. 
 

Fato é, que o formato acabou de começar e ainda será gradualmente lapidado, claramente ainda há muito a fazer para que ele torne-se um formato saudável e competitivo. No entanto, me parece muito promissora a ideia e com o amadurecimento, lançamento das novas expansões e, quem sabe, a boa vontade da WOTC, possamos ter no Frontier uma alternativa cada vez mais popular, competitiva e divertida para jogar Magic.

 

( LeoTzT)
Comentários
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(Quote)
- 21/12/2016 09:35:51
Parece que é um formato para quem não quer perder as cartas com rotação do Standard, ou seja, para quem não quer gastar muita grana. Não sei se vai rolar e se rolar será preciso ficar atento para banimentos (o mais rápido possível). Por enquanto tem poucas possibilidades, parece mais uma volta desesperada do "extended". Além disso, as lojas vão conseguir administrar/organizar mais um formato nas suas agendas?
(Quote)
- 07/12/2016 18:42:25

Acho que um pouco de divulgação ajudaria bastante :D
Fico feliz MESMO em ver que tem mais gente curtindo essa proposta - até então só conhecia mesmo o que foi divulgado pela Hareruya, Big Magic (Japão) e Face to Face Games (Canadá) via Reddit.

Não é "crédito injusto", é realmente o que se encontra por aí quando se pesquisa por Frontier. Eu mesmo sequer sabia de Petrópolis (comentado aqui), tem mais ainda?! Isso que é notícia boa! ^^

Bora agitar essa cena, galera!!

(Quote)
- 07/12/2016 17:29:13
E outra coisa:
- O formato possui dezenas de arquétipos Tier 1 - não existe argumento de que há poucos arquétipos, isso é falácia. Só quem joga sabe;
(Quote)
- 07/12/2016 17:27:13
Gostaria de falar algo SÉRIO sobre este artigo. Nós já fazemos torneios deste formato há mais de um semestre e acho totalmente injusto dar crédito somente para lojas japonesas. No Estado do Rio de Janeiro, algumas lojas já estão testando o formato.
(Quote)
- 06/12/2016 16:45:01

O que quis dizer nesse trecho foi "1000 fetchlands" - self mill existe sim, tem um bocado de suporte pra isso em KTK e SOI inclusive (base do BG Delirium do t2).
IMO o que seria decisivo pra delve ficar abusivo seria a presença de free spells, como no Modern/Legacy/Vintage - Gitaxian Probe é um dos maiores facilitadores de Delve possíveis. Thought Scour também é a principal responsável, ao lado das fetches, pelos Tasigur de turno 2 que o Grixis às vezes faz xD

Sobre Dismissal - isso que tava pensando também: como o formato é ligeiramente mais lento, vários counters de CMC 3 e 4 passam a ser viáveis (não necessariamente opressivos/ridículos, mas sólidos). Ainda mais com o Voidslime novo lá monoblue, imagino que teremos potencial de decks blue-based muito divertidos pela frente :D

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