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Terras antigas e Desconhecidas - Pt 1
Um Guia barato para formatos alternativos.
Por
24/11/2016 17:05 - 6.096 visualizações - 16 comentários
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Olá magiqueiros, aqui quem fala é o LeonT, e sou o novo trainee aqui da Ligamagic,  como cês tão? 

 

Eu adoro procurar curiosidades sobre nosso amado joguinho, falar de ciclos de cartas e seus respectivos flavours e principalmente procurar cartas legais e baratas (é a vida de um pobre jogador de magic). 
 

Então, cá estou eu aqui para falar de um assunto que provavelmente agradará principalmente aos commandeiros e fazedores de cubos que gostam de inovar e economizar em sua base de mana: lands baratas. Vou focar aqui nas lands que são pré modern e nunca foram reprintadas dentro dele, afinal, os terrenos do formato são mais conhecidos mesmo não jogando competitivamente ao passo que os ciclos não básicos de terrenos antigos são bem mais undergroud para quem não joga a tanto tempo (experiência própria). Agora, vamos começar nossa aventura. 
 

Começando pelas antigas terras de Dominária, após o lendário evento Brothers' War, na edição de Fallen Empires temos um ciclo de sac lands. O que elas fazem? Entram viradas, geram mana de uma cor ao virarem normalmente, mas podem ser utilizadas para gerar duas manas dessa cor ao serem viradas e sacrificadas. 

 

A versão que gera mana incolor foi introduzida em Mirage e não entra virada.

 

Não jogam competitivamente em nenhum formato e creio que em commander não servem para muita coisa. Entram viradas, não corrigem a coloração da base de mana e sua “aceleração” vem acompanhada de um efeito negativo muito grande - perder uma land. Ou seja, elas atrasam mais do que adiantam seu jogo no fim das contas. Agora, se você gosta de montar seu cube com uma base de mana terrível de propósito (eu adoro, torna as coisas muito mais divertidas nas mesas da cozinha), essas lands são ótimas. 


O segundo ciclo de sac lands veio em Invasão e dessa vez elas servem para algo: corrigir as cores da sua base de mana. Quando sacrificadas, geram duas manas de cores diferentes da que o terreno produz normalmente. Todas seguem o mesmo padrão, geram uma cor normalmente e as cores aliadas desta quando sacrificadas.

 

 

A sexta land desse ciclo, que gera mana incolor dessa vez gera uma mana de qualquer cor quando sacrificada. Essas lands também não são muito efetivas, a correção de cores que elas provêm é inconsistente, mas as artes são muito bonitas, assim como as das suas irmãs de Fallen Empires. Se você se aventura pelo pauper com frequência, já deve ter visto essas lands jogando em algum combo maluco do formato, recentemente, Lua Arcana nos deu o Termoalquimista, adição excelente para o burn do formato e possibilitador do surgimento de um deck novo, alquimist storm, no qual essas lands jogam.


O último ciclo de sac lands veio em Odyssey como lands que entram viradas, geram uma mana de uma cor quando viradas normalmente ou geram uma mana de qualquer cor quando sacrificadas. 

 

 

Essas aqui corrigem a cor de mana, uma vez só, e pra isso elas entram viradas. Então, é, também são bem ruinzinhas, mas naquela partida num draft de cube, onde você precisa daquela mana daquela cor para colocar em campo aquela bomba que vai virar o jogo, essas amiguinhas aqui salvam o seu traseiro (e as artes também são lindas). 

 

“Nossa, mas então esse artigo só vai falar de land podre que serve pra enfeite?”


Não, amiguinho. Você gosta de manlands? Aquelas de Zendikar que viram uns bichos legais ~às vezes são bem podres também~? Pois saiba que muito antes delas já existiam manlands. Citando aqui uma menção honrosa a primeira land dessa classe lançada, a Mishra's Factory
 


Aqui encontramos lands antigas e baratas que encaixadas na estratégia certa podem fazer um bom estrago, como é o caso da já citada Mishra's Factory e das amiguinhas dela aqui embaixo:

 


O único ciclo de manlands lançado originalmente antes da oitava edição, são as monocoloridas de Urza’s Legacy, válidas no modern por terem sido reprintadas na décima edição. Se você é um aventureiro de modern provavelmente conhece a Treetop Village que hoje é presente nos decks Stompy do formato. Faerie Conclave também já teve seus momentos. As outras lands desse ciclo não aparecem tanto e por isso são desconhecidas. 

 

 

Comparadas as saclands, as manlands aqui apresentadas são ótimas adições, principalmente à cubos onde, no mínimo, essas belezinhas são um bicho batendo pro seu lado, dando aquele "dibre" na quantidade de criaturas/terrrenos.


Vale menção honrosa as striplands antigas (lands que destroem as lands do amiguinho), infelizmente nenhuma delas entra aqui no nosso guia turístico para pobres do multiverso, porque Strip Mine, primeira desse tipo a ser lançada, e também responsável pela nominação dessa classe de terrenos, custa um rim seu, caso ele funcione bem. Wasteland, custa um ou dois olhos, dependendo de quão bem você enxerga e Dust Bowl, por não jogar basicamente nada custa só um dedo mindinho, talvez.

 


Se você joga pauper, provavelmente conhece as Cycling lands do bloco da Saga de Urza. São lands que entram viradas e possuem a habilidade de ciclar, úteis quando você puxa elas no late game e pode trocá-las por um draw ao custo de duas manas genéricas para o ciclo de Urza’s Saga ou da cor correspondente a gerada pelo terreno no caso do ciclo de Onslaught. Mais uma vez, a land que gera mana incolor não possui o downside de entrar virada. 

 

 

Quer ostentar e não tem grana? A solução chegou, ostente status!. Uma das coisas que eu menos gosto que a Wizards tenha feito é floodar o jogo com cartas lendárias ( e horríveis) em Legends e no famigerado bloco de Kamigawa. Mas, há males que vem para o bem (caso você consiga tirar proveito deles), nesse caso, as lands lendárias de Legends. Um ciclo com um terreno para cada cor de mana, com habilidades ativadas variadas ao custo de virá-los. Se você não joga desde ontem provavelmente conhece Karakas e Pendelhaven, que são desse ciclo e custam mais dinheiros do que deviam pra entrar nesse artigo com detalhes. Já os outros três terrenos do ciclo são baratos e horríveis, mas de repente sua criatividade arranja um deck divertido pra eles (muito boa sorte para isso).
 

 

Em Urza’s Saga, no entanto, o ciclo de terrenos lendários mais estúpidos e poderosos do magic saíram. Sim, o ciclo das poderosíssimas Gaea's Cradle  ~~sonho com uma no meu Ezuri, mas pelo jeito melhor sonhar com a casa própria que vai sair mais barato~~ e Tolarian Academy, que é pouco cara para o poder que tem, mas se quiser usar uma vai ter que jogar Vintage porque ela é banida em tudo que dá pra banir, e restrita no Vintage. Serra's Sanctum, também cara e poderosa, já viu mais jogo antigamente, mas continua valendo a menção aqui. Phyrexian Tower joga muito bem no commander e joga muito bem a grana para fora do seu bolso, também. Então, não tem nenhuma land que é barata desse ciclo ? Ah tem sim, amiguinho, toma aqui: 

 


 

E agora, temos aqui algo que vou chamar de uma saga de terrenos, eles saíram como se fossem um ciclo, mas um em cada edição. O flavour por trás disso é genial, mas fica para outra hora. Por terem saído em edições diferentes elas não seguem um padrão em seus efeitos. 

 


Aqui as menções ficam por conta de Yavimaya Hollow e Volrath's Stronghold, muito caras para entrar no nosso tour budget.


Indo para as painlands, que tiveram reprints recentes, e ficariam de fora, não fosse por um ciclo que só foi printado uma vez e representa para mim o quanto a wizards não gostava de duas coisas em terrenos antigos: duals para cores inimigas e drawbacks não tão ruins. 
 


Sim, elas entram viradas. Painlands que entram viradas. É muito contra para pouco pró. Mas são muito divertidas para ter em um cubo e se por acaso você não tiver dinheiro nem para as painlands normais no seu commander, boa sorte com essas ai.


Agora, vamos ao ápice da ruindade que um terreno pode conter. As Slowlands de Tempest. Sabe por que elas chamam slowlands? Porque se você gerar uma das duas cores aliadas que elas podem gerar, elas não desviram no seu próximo turno. Isso ai, você gera mana colorida com elas e perde a land por um turno, isso é um atraso digno de voo em aeroporto brasileiro. Foram reprintadas em Kamigawa com outros nomes ~~porque já não tinham cartas novas ruins o suficiente lá ~~

 

 

Se você quer testar a habilidade e paciência dos jogadores, coloque isso no seu cubo, se quiser se divertir ou gerar manas decentemente, passe longe dessas coisas. 


 As depletion lands de Ice Age também são tudo que eu citei logo acima. Isso porque elas são apenas slow lands que interagem com um marcador. Em um mundo maluco dá pra dar um jeito de brincar com esses marcadores e talvez torná-las menos horríveis que as lands anteriores, mas no geral, são a mesma coisa.
 


Já que estamos falando aqui de depletion lands, vale citar a original, primeira land a interagir com marcadores do jogo. Talvez você a conheça por seu reprint em Time Spiral, mas ela na verdade é originária de Weatherlight: 

 


Mercadian Masques veio com mais um ciclo de depletion lands, mas dessa vez elas não são baseadas em não desvirar. Agora, entram viradas com 2 marcadores e viram somente para adicionar duas manas de uma cor específica, removendo um marcador. Quando o último é removido o terreno é sacrificado. Já vi essa lands em certas listas de commander o que me leva a crer que elas sejam relativamente decentes para listas budget. A Wizards realmente exagerava nos drawbacks, não me parece existir necessidade de entrar virada quando a aceleração provida pelo terreno é compensada por seu uso um número bem restrito de vezes, normalmente. 

 

Vou terminando aqui a primeira do nosso tour, semana que vem contiuamos nossa aventura pelos terrenos underground do Magic!

 

 

( LeoTzT)
Comentários
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- 26/11/2016 21:25:21
Parabéns pelo artigo! Tem um gosto de saudosismo pra mim ver esses lands das edições antigas! Bons tempos!!!
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- 26/11/2016 15:30:26
curti o artigo!!! continua sim, porque me ajudou no commander!!! kkkkk...
valeu, abraço!
(Quote)
- 26/11/2016 14:04:51
Lands sao os cards mais importantes do jogo.. Ruins ou bons sao lands.. Gostei do artigo..
(Quote)
- 26/11/2016 12:42:00

Que inveja, eu tenho 1 no Animar, mas queria outra pra minha Sisay (ela agradeceria muito) mas nesse preço... vish... a única que realmente fiquei feliz foi o Berço de Géia, tenho 1 de quando comecei a jogar, pague 20 dinheiros nela na época e tenho até hoje :D

(Quote)
- 25/11/2016 14:30:55

Eu to esperando essas e outras na Parte 2 =]

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