Olá! Nesse final de semana teremos em São Paulo o evento nacional mais relevante do momento, onde vários jogadores do país inteiro estarão reunidos para competir no City Class Games Showdown (CCG Showdown), o nosso Regional Championship (RC) com 25.000 dólares de premiação, qualificação direta no Mundial para o campeão e vaga no próximo Pro Tour Tabletop para o Top 8.
Na véspera do CCG Showdown teremos também os Last Chance Qualifiers (LCQs), os classificatórios de última chance para aqueles que querem tentar beliscar uma vaguinha de aos 45 do segundo tempo nesse evento. Inclusive, eu mesmo estarei por lá competindo na sexta-feira, então se vocês estiverem por São Paulo e forem ao local, não hesitem em mandar aquele "E AÍ SANDUBÃO!" de valor presencialmente!
O formato de ambos CCG Showdown e LCQs é o Standard, sim, aquele mesmo que anda bem pouco popular por aqui no país, e até mesmo no mundo, hoje em dia sendo jogado quase que exclusivamente no Magic Arena e no Magic Online, e que muitos dos jogadores que conseguiram a vaga através dos CCG Qualifiers (RCQs) não andam tão familiarizados, já que a maioria deles foi disputado no formato Pioneer.
No artigo de hoje aqui na LigaMagic, falarei um pouco sobre as minhas impressões em relação ao Standard, em como o formato foi evoluindo no decorrer dessas últimas semanas e como os decks do metagame interagem entre si. Vamos lá!
Por muitos meses, tivemos um formato dominado quase exclusivamente por Grixis Midrange. O pacote Avaliador de Cadaveres + Fabula do Quebrador de Espelhos + Invocar o Desespero era simplesmente demais para outros baralhos midrange competirem no atrito, o deck se adaptava bem para enfrentar os aggros de baixa curva com Fim da Fraternidade e Elidir, ao mesmo tempo em que mantinha os decks pesados em xeque com Fazer Desaparecer, Coagir e outras anulações.
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Até que o Mono White Midrange veio com tudo, com permanentes problemáticas para o Grixis interagir que geram valor no decorrer dos turnos e jogam muito bem em volta do Invocar o Desespero (Anuncio de Casamento, A Restauracao de Eiganjo, Exemplar de Serra, Quebrabanco Justiceiro e afins). O deck rapidamente subiu no metagame como retaliação ao Grixis, que se mantinha no topo por ser abrangente e capaz de lidar contra vários outros decks, mas tendo o Mono White como seu nêmesis.
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Ambos os decks continuam como escolhas sólidas, já que mesmo sendo "manjados", acabaram se provando consistentes e capazes de postar um bom resultado. Além disso, ambos ganharam algumas ferramentas novas com Phyrexia, casos de Ossificacao, Mirrex, Colmeia de Skrelv e A Errante Eterna no caso do Mono White e principalmente a base de mana com Penhascos de Fenda Negra e Litorais de Mancha Negra para facilitar o Desepero no Grixis. Mas outro destino que ambos também compartilham é a partida ruim contra o novo elemento nessa equação de Phyrexia: Atraxa, Grande Unificadora.
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Seja jogando mais "pé no chão" encaixando a Atraxa, Grande Unificadora reanimada via A Crueldade de Gix junto de uma base sólida Rakdos Midrange ou extremamente ganancioso com as cinco cores e opções poderosas como Amarras da Linha de Forca e A Guerra dos Kami, é bastante complicado para um Midrange convencional que joga justo e ganha valor gradativamente nas trocas acompanhar o ritmo dos recursos quando a Atraxa entra em jogo - e ainda tem de lidar com o 7/7 voar, vigilância, toque mortífero e vínculo com a vida.
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Ao mesmo tempo em que esses decks pesados surgiam, o Grixis continuava aparecendo em bastante quantidade nos torneios, fazendo com que as listas desejassem ser cada vez mais gananciosas e capazes de ganhar a guerra de atrito entre si.
Serpente Espiralamina como topo de curva e Crepusculo do Sol Azul servindo como melhor resposta para a Fábula do adversário ao mesmo tempo em que é uma poderosa bomba de fim de jogo são alguns dos diferenciais, além da escolha de mais anulações diversificadas justamente para atacar as jogadas pesadas alheias. A ausência de Sheoldred, o Apocalipse para não ter uma criatura que "morre para remoção" também é pensando nas mirrors de Midranges com preto.
O que nos leva diretamente ao nível seguinte do metagame: se todos estão tentando ganhar uns dos outros com drops 6 e remoções que entregam mais do que apenas 1x1, é o momento de punir com drops 1 e jogadas favoráveis em tempo (as famigeradas TEMPO PLAYS). Seguindo a trilha, a lógica é Aggro, e na última semana os primeiros Aggros voltaram com tudo para punir a ganância da Atraxa e os Midranges pesados.
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Com menos Sheoldred, o Apocalipse aparecendo nas listas, o Red Deck Wins ganha caminho livre para agressivar para cima dos outros, com múltiplos drops 1 e o alcance de dano que finaliza os jogos quando parece que o oponente vai estabilizar. Todas as criaturas do deck possuírem a palavra-chave ÍMPETO também favorece bastante o jogo de contornar remoções, principalmente as que são em velocidade feitiço como Fim da Fraternidade e outras globais pesadas.
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Outra forma de punir decks com Fabula do Quebrador de Espelhos e várias jogadas pesadas é utilizando-se de Thalia, Guardia de Thraben. Seja com a sinergia tribal dos Soldados, ou com a proteção e resiliência de outras ameaças como Skrelv, Acaro Desertor e Gix, Pretor de Yawgmoth, a humana de duas manas está incrivelmente bem posicionada para punir um metagame que corta Elidir de seus decks principais em prol de remoções que acertam criaturas maiores e valorosas.
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Um baralho que eventualmente aparece para mostrar que pode ser mais do que só uma escolha econômica, o Mono Blue Tempo foi praticamente feito para punir a ganância de jogadas pesadas como Atraxa, Grande Unificadora e Invocar o Desespero. Enquanto é mais difícil dos Mids/Atraxa contra-atacarem só colocando algumas remoções leves a mais, ao mesmo tempo o Mono Blue sofre mais ao enfrentar os Aggros diretamente, sendo uma escolha de metagame mais "alto risco, alto retorno" dependendo do que se vier a enfrentar.
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Sendo uma das opções "Tier 2 que podem aparecer", o Jund Midrange traz a mesma combinação de Fabula do Quebrador de Espelhos + Invocar o Desespero do Grixis, tendo uma partida melhor contra Mono White Midrange graças ao Flor-da-corrosao, Soltar o Inferno, Rasgar em Dois e Glissa, Matadora do Sol lidando com os encantamentos mas pior contra decks pesados e contra o próprio Grixis (já que perde o valor de Avaliador de Cadaveres e as anulações).
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O Mardu Midrange é outro membro do clube dos "Tier 2 que podem aparecer". Ele abre mão de Invocar o Desespero para melhorar nessas mesmas partidas com Anuncio de Casamento e Exemplar de Serra, ao mesmo tempo em que pune os Mono White Midrange com Loran da Terceira Via e tendo acesso à Fabula do Quebrador de Espelhos.
Seu ponto fraco, entretanto, é a base de mana - estando numa combinação de duas cores inimigas e uma amiga, não tem um Trioma de New Capenna para chamar de seu. Mesmo a chegada de Phyrexia com Penhascos de Fenda Negra não ajudou tanto, já que a principal cor do deck e a que mais conta com custos duplos é o branco e nenhuma das fastlands que se encaixariam na combinação veio.
Entretanto, o deck ainda é uma excelente forma de punir os Aggros com interações leves e valor gradual, especialmente se adotar o Arcanjo da Ira (que a lista acima não utilizava, mas que deve voltar com os Aggros se consolidando mais no formato).
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E quanto a vocês, leitores, o que esperam em termos de metagame para o CCG Showdown? Acreditam que os jogadores terão que tipo de leitura? Arriscam algum palpite de baralho diferente ou "fora da curva" que pode aparecer arrebentando? E em termos de jogadores e torcida, algum nome em particular? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
Como assim? |
Lançaram a data do torneio 1 mês antes apenas não dando chance de quem mora mais longe se programar pra poder ir. Me classifiquei em novembro e só lançaram as datas quase no carnaval já.
Organização pecou nas datas. Não é regional championship mas sim Rio-São Paulo championship |
Como assim?
finalmente um torneio grande no melhor formato!!! |
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Embutir na Liga
DECK ID
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Paisagem -
Retrato