The Rath and Storm – Parte I
A Saga da Tripulação do Bons ventos.
09/01/2017 13:55 - 3.742 visualizações - 5 comentários

 

The Rath and Storm – Parte I
 

A Saga da Tripulação do Bons ventos
 

O Início de Uma Era

 

Olá viajantes dos planos. Retornamos a esse período do Magic que, acredito eu, pode ser considerado a Era de Ouro do Lore e personagens. Até hoje os nomes da tripulação do Bons Ventos é mencionado com reverência pelos planinautas pré Emenda, e espero que possamos conhecer um pouco mais de aventura homérica que marcou a adolescência de tantos.

 

 

Antes de iniciarmos talvez você já tenha percebido alguma coisa familiar nesse título Rath and Storm. Acontece que esse é o nome da saga de Gerrard quando ele e sua tripulação decidem adentrar ao plano de Rath. Essa história é contada no bloco de Tempestade que, provavelmente, recebeu o nome devido ao livro – ou vice-versa. Contudo, a maioria do que será narrado aqui é referente ao bloco de Alísios, pois é nesse bloco que os eventos que culminaram no Rath and Storm se iniciaram.

 

 

Caso você tenha ficado curioso sobre essa saga, baixe o arquivo em PDF do livro aqui na seção de Storyline.

 

Na última vez ficamos conhecendo quem foram os primeiros tripulantes do Bons Ventos. Essa tripulação foi a “primeira” seguindo a linha da saga, mas a primeira capitã do navio foi Jhoira, durante a saga do Bloodlines, junto com Teferi outros personagens desconhecidos. Enquanto Gerrard aprendia a feitiçaria Maro em Yavimaya – o porquê de ele ter tido esse treinamento para mim, Arconte, ainda é um total mistério, visto que em momento algum o vemos realizar magia – Sisay estava de posse do Bons Ventos, o qual era acreditava ter sido uma herança de família, mas a capitão não fazia ideia que aquela era a maior embarcação de guerra de Dominaria.

 

Apenas para que fique claro, os eventos seguintes não são tão claros e definidos em sua narrativa. Parece que há uma lacuna que, nem mesmo eu, consigo ver através das brumas temporais por isso a história talvez possa parecer meio fragmentada, porém lidar com o Tempo é o mesmo que fazer uma grande sutura em uma tela pequena.


Um dia, um homem chamado Starke, foi até Sisay e contou muito sobre o Legado e onde encontrar as peças restantes – não posso afirmar se essa conversa sobre o Legado foi antes da abdução de Sisay ou se foi o que a levou a ser abduzida, mas o que sabemos é que a princípio ela reuniu sua tripulação e começou a procurar pelas partes do Legado – que ela acreditava que ajudariam a destruir o Senhor da Desolação (Yawgmoth), mas para realizar essa proeza, Sisay precisava reunir sua tripulação que era composta por: Hanna navegadora, Gerrard, Tahngarth imediato, Rofellos, Mirri, Orim curandeira e Crovax.

 

 

Hanna e Orim vieram da Academia Argiviana. Mirri, Gerrard e Rofellos vieram do treinamento de Yavimaya. Tahngarth adentrou a tripulação desde sua adolescência quando encontrou Sisay durante a Guerra de Miragem e Crovax... bem esse último tripulante fez parte do estopim da trama.

 

Crovax

 

 

A princípio, ele fora um nobre da família Windgrace, residente nas ilhas de Urborg. As terras de Urborg hoje são famosas devido a serem a ‘tumba’ de Yawgmoth, mas esse lugar pantanoso sempre foi evitado pelos mais sábios. 

 

 

O lugar é uma ilha tropical, cheia de brejos localizada nas Burning Isles. Em Dominaria, era a região com maior acúmulo de mana preta, motivo esse que durante a Invasão Phyrexiana, os Phyrexianos foram atraídos pelo lugar. Não consigo entender como uma família nobre vem parar nessas terras inóspitas, mas Urborg sempre fora um palco de batalhas pelo domínio do lugar. Lar de carniçais, lichs e necromantes, a lista de personagens proeminentes é ampla. Foi desta ilha que vieram os seguintes personagens:

 

  • Lich Nevinyrral
  • Gwendlyn Di Corci
  • Lorde Windgrace – planinauta
  • Kaervek 
  • Lorde Dralnu
  • Crosis
  • Venser - planinauta

 

Crovax nasceu em Urborg e tornou-se aristocrata da família Windgrace. Lembrando que essa família também fazia parte do projeto de super-humanos de Urza, ou seja, seu nascimento não passou do resultado das pesquisas do projeto Bloodline. Como todo jovem, ele teve um péssimo relacionamento com seus pais e seu status de nobreza mais o fato de ele viver num lugar remoto e isolado do mundo exterior apenas agravou sua situação. Mas em toda aquela terra abandonada pelos deuses, Crovax possuía uma ótima companhia que era seu anjo protetor Selenia. Selenia uma vez fora uma grande guerreira da ‘deusa’ Serra, mas quando os Phyrexianos invadiram o plano de Serra, ela foi levada cativa para ser distorcida pela ciência Phyrexiana. Sua missão era vigiar a família Windgrace pelo fato de que os Phyrexianos já percebiam o potencial deles na guerra contra Urza – há rumores que a família Windgrace possuía um artefato que permitia a invocação e controle do anjo e por isso ela estava presa a eles.

 

 

Um jovem com problemas familiares, vivendo longe do mundo cuja única companhia era um belo anjo... acredito que vocês possam supor o que aconteceu não é mesmo?


Crovax se apaixonou por Selenia, mas para sua infelicidade ela não era capaz de retribuir seu amor. Acredito que as alterações Phyrexianas a impediam de criar qualquer sentimento e por isso, Crovax era o infeliz preso a esse amor. Para tentar fugir desse amor platônico, Crovax se ajuntou a tripulação de Sisay na busca pelo Legado.
 

Enquanto Crovax lutava para esquecer um amor, a bordo do Bons Ventos outro nascia. Foi nesse período que Gerrard e Hanna se apaixonaram.
 

Enquanto a tripulação tentava restaurar o Legado, Crovax recebeu notícias de sua terra natal. 
 

Todas as famílias Dominarianas envolvidas com o projeto Bloodline receberam retaliação, e a família Windgrace não seria exceção. 
Phyrexianos estavam assolando Urborg, mais precisamente essas duas criaturas aqui.

 

 

Segundo as Escrituras Phyrexianas, os dois irmãos foram os primeiros agentes Phyrexianos a pisarem Dominaria após a Guerra dos Irmãos – até que ponto isso é verdade não posso informar. Durante o governo do Evincar Davvol ele enviou Neutralizadores para Yavimaya e Gatha, o Renegado, também foi atacado por agentes.


Crovax convenceu Sisay a partir em direção a Urborg e salvar sua família, porém eles chegaram muito tarde. Os dois agentes já haviam massacrado a família Windgrace. O Bons Vento aterrissou e a tripulação enfrentou as duas bestas Phyrexianas, mas o que parecia ser uma batalha simples se tornou em um verdadeiro pesadelo.
 

Rofellos foi o primeiro a tombar diante das bestas e, quando parecia que Phyrexia sairia vitoriosa, o nobre Crovax invoca Selenia que, sozinha, derrotou os agentes Phyrexianos. Mesmo saindo como vitoriosos, as perdas desse dia ecoariam pelas eras. O jovem Windgrace se sentia culpado por ter partido e levado o artefato que permitia a invocação de Selenia – era provável que fosse um amuleto – e, agora, sentia-se responsável pela morte de sua família. Seu amor cego pelo anjo fez com que ele tomasse uma decisão precipitada. Ele decidiu destruir o artefato que a prendia a família Windgrace na esperança que ela ficasse por vontade própria, porém o resultado foi devastador para Crovax.
 

Selenia partiu, deixando Crovax em um abismo de loucura.

 

 

A família Windgrace havia caído em desgraça e por isso, Crovax decidiu permanecer em Urborg para tentar restaurar o nome da família – algo que seria bastante difícil agora que ele havia perdido o amor de sua vida.


Mas não foi somente Crovax que teve perdas... após a morte de seu melhor amigo, Gerrard e Mirri decidiram também abandonar o Bons Ventos Mirri partiu para Llanowar para avisar a família de Rofellos enquanto Gerrard retornou a Benalia.

 

Gerrard Capasheno

 

 

De volta as suas origens, Gerrard voltou a ser um soldado Benaliano e retornou ao clã Capasheno sob as ordens do comandante Alaric. Alaric foi o superior de Gerrard no exército de Benalia e, como qualquer bom soldado, esse era fiel aos seus princípios como ser um eficiente soldado. Ele havia servido durante vinte anos no exército Benaliano e quando conheceu Gerrard, ele decidiu que precisava testá-lo.


Rapidamente, Gerrard ascendeu aos postos do exército até se tornar um mestre de armas.

 

 

Em dado momento, uma guilda de assassinos, liderada por Lorde Kastan, começou a procurar recrutas dentro do exército. Gerrard descobriu que Kastan estava trabalhando junto com Alaric. Ambos se ajuntaram para se livrar de Gerrard assim que perceberam que ele poderia se tornar um problema no futuro. Nesse ínterim, Tahngarth havia chegado a Benalia para trazer péssimas notícias ao seu velho companheiro.


Com a ajuda do minotauro, eles detiveram as maquinações com a morte de Kastan e Alaric. Após isso, o Capasheno perdeu a fé no exército de Benalia abrindo a brecha para que ele retornasse ao Bons Ventos.

 


As frases de Gerrard sobre a vida no quartel são as melhores.

 

Passados três anos desde o incidente em Urborg, Tahngarth partiu para Benalia na expectativa de que Gerrard o ajudasse a encontrar Sisay que havia desaparecido. Lembram-se de Starke que falou a ela sobre os artefatos, então ele foi responsável pelo seqüestro da capitão, uma vez que, ele era um agente a serviço de Volrath, mas dessa vez Starke pretendia agir como agente duplo na esperança de resgatar sua filha Takara.

 

 

Sinceramente, até hoje para mim não ficou claro como Sisay desapareceu. Se foi magia ou se Starke a levou a algum portal, tudo o que sabemos é que Volrath a usou como isca para atrair seu odiado irmão a Rath. E não era somente Sisay que havia desaparecido, mas a única pessoa que possuía alguma pista sobre a capitã também havia sumido: Starke.


Ao saber do desaparecimento de Sisay, Gerrard percebe que não pode lutar contra seu destino para sempre. Ele decidiu partir com Tahngarth para recrutar mais tripulantes. A primeira a se ajuntar foi Hanna que, ainda nutria extremo amor pelo Capasheno, e logo em seguida Orim.
 

O navio depois partiu para Llanowar em busca de sua antiga companheira Mirri. Eles encontraram Mirri na tumba de seu antigo amor e pedem para que ela volte com eles, mas antes que eles a levassem de volta havia um problema a ser resolvido, pois os elfos de Llanowar estavam tendo problemas com os ataques do Aboroth.

 

 

Na tentativa de buscar uma solução para esse problema dos elfos, Gerrard começa a olhar os artefatos que foram resgatados por Sisay e dentre eles, uma surpresa. O golem de prata estava lá parado, criando pó, pois ainda estava imobilizado pela Pedra de Toque. Com os conhecimentos que ele e Hanna obtiveram com artefatos, Karn voltou à vida e saiu do seu estado de estátua.


O ocorrido com Karn e a descoberta de mais um artefato do Legado deu a Gerrard uma grande ideia para combater o Aboroth.

 

Gerrard combo player.

 

Gerrard decidiu usar a Forja Thran para transformar o Aboroth em uma criatura artefato. Quando ele o faz, os elfos, sem entenderem ainda o plano, o acusaram de ter fortalecido o Aboroth, mas após tê-lo transformado num artefato, ele utiliza a Pedra para imobilizá-lo para sempre.


Agora que Mirri havia se ajuntado a tripulação eles precisavam de alguém que servisse de guia e, imediatamente, Hanna pensa em seu pai Barrin. O Bons Ventos parte para Tolaria onde, finalmente Gerrard conheceria seu sogro, mas infelizmente Barrin estava muito ocupado em seus projetos para ajudar a encontrar Sisay. Todavia, ele oferece os serviços de um de seus melhores alunos e quando ele diz melhor aluno, ele não estava brincando.

 

 

Quem não conhece Ertai e sua arrogância e seu ego? Realmente o jovem aprendiz fazia jus ao seu talento, mas nem por isso caiu nas graças da tripulação. A maioria o considerava muito pedante e irritante.


Após Tolaria, eles retornam a Urborg para recrutar Crovax que estava à beira da loucura. Ele decidiu se ajuntar a tripulação, mas ele permanecia isolado e distante de todos.
 

Parece que a tripulação estava quase completa a única coisa que faltava era alguém que guiasse o navio até o paradeiro de Sisay. E esse homem era Starke. Gerrard suspeitava de sua participação no seqüestro de Sisay e por isso, procuraram informações sobre o paradeiro de Starke que fora localizado nas terras quentes de Bogardan.
 

Bogardan é outra ilha que faz parte do arquipélago das Burning Isles, sendo vizinha de Urborg. É considerada a maior região vulcânica de Dominaria cuja população é primitiva ao ponto de sacrificar seu próprio povo aos vulcões.
Nessas terras quentes de insanas a tripulação se deparou com um mercenário de Volrath.

 

Até hoje uso esse nome como Nicks em jogos.

 

Maraxus de Keld representava a perfeição de um Senhor da Guerra Keldoniano. Um líder de batalha nato, feroz e implacável cujo ideal de Keld corria em suas veias. Mesmo quando era jovem ele já provou ser uma grande ameaça ao ponto de partir de Keld pelo simples fato de que, o Witch King não sabia lidar com ele. O mercenário de Volrath tornou-se líder dos ogres dentes serrilhados, liderando-os em incontáveis campanhas.

 

 

Volrath mandou Maraxus atrás de Starke porque sabia que eventualmente, Gerrard seguiria sua trilha. A missão de Maraxus era simplesmente matar e exterminar Gerrard, mas ele não contava com um imprevisto. Enquanto os dois titãs se digladiavam, Starke, o pequeno e miserável homem, se esgueirou por detrás de Maraxus e o apunhalou pondo um fim ao combate.

 

 

A verdade era que Starke tinha medo que Maraxus o entregasse falando que ele fizera parte do plano para sequestrar Sisay.
Agora que eles encontraram o homem, eles sabiam para onde ir.  A tripulação do Bons Ventos deveria partir para um plano distante e obscuro chamado Rath, lá eles encontrariam as respostas para todos os acontecimentos.

 

 

Mas Arconte, e o Squee?
 

Antes que me perguntem sobre o grumete goblin devo lhes informar que o paradeiro do goblin é desconhecido para mim. Eu sei que quando eles partiram para Rath o grumete estava com eles, mas não sei dizer se Squee já fazia parte quando eles enfrentaram os agentes Phyrexianos em Urborg. A teoria mais aceita é que Squee já estava com eles e mesmo após a morte de Rofellos ele decidiu permanecer com Sisay e ajudá-la na busca pelos artefatos sendo assim, não houve necessidade de procurá-lo para se ajuntar... afinal quem gostaria de ter um goblin como cozinheiro??

 

 

Como os artefatos do Legado fazem parte da espinha dorsal da Saga de Bons Ventos, esta imagem mostra quais foram os artefatos criados para defender Dominaria da Invasão Phyrexia, mas a pergunta que não quer se calar é: Por que Bolha Juju?
 

Deixo esse enigma para vocês desvendarem planinautas.

 

Leandro Dantes ( Arconte)
Leandro conheceu o Magic em 1998 e, desde então, se apaixonou pelo Lore do jogo. Após retornar a jogar em 2008, se interessou por lendas, o que resultou por despertar a paixão pela escrita. Sempre foi mais colecionador do que jogador e sua graduação em Pedagogia pela Ufscar cooperou para que ele aprimorasse e desenvolvesse um estilo próprio. Autor de alguns contos, todos relacionados ao Magic, já traduziu o livro de Invasão e criou sua própria saga com seu personagem, conhecido como Arconte.
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Comentários
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(Quote)
- 13/01/2017 21:05:46
Parabéns pelo artigo Arconte.
Excelente narração e escolha das ilustrações.
Uma das melhores historias de todo Magic. Prefiro essa turma ao invés dos Power Rangers de hoje.
Ansioso pelo próximo.
(Quote)
- 11/01/2017 19:23:25
Refazendo.
Tinha que ter algo para unir os artefatos e faze-los funcionar a bolha juju poderia ser um chclete da vida. Magaiver com um chiclete, um clip e papel aluminio fazia uma bomba. Gerrar fez o mesmo com os artefatos do legado.
(Quote)
- 10/01/2017 19:27:39

Não entendi o comentário jovem.

(Quote)
- 10/01/2017 15:17:42
Tem q ter algo pra colar as coisas, e nada mais macgaiver que usar chiclete!
(Quote)
- 10/01/2017 01:31:03
Show, gostei da maneira que ilustrou a narrativa com as cartas.
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