The Rath and Storm –
Prólogo
A Saga da Tripulação do Bons ventos
Eu sei que vocês estavam ansiosos por isso. Afinal, Gerrard e sua tripulação foram considerados, por muito tempo, os maiores protagonistas de Magic. Até mesmo Urza que foi o pivô de todas as histórias, não passou de coadjuvante perto deles pelo simples fato de que ele não aparecia nas cartas... bem aparecia pouco e não eram todos que sabiam quem ou o que ele era.
Começaremos nossa viagem temporal falando sobre o início do grupo e somente pararemos quando chegarmos a Apocalipse.
Gerrard
Quase todo mundo associa a história de Gerrard com o bloco de Tempestade, mas, na verdade, a saga dele começou com o livro Bloodline, isto é, sua narrativa teve iniciou no contexto de Destino de Urza. Mas a primeira aparição da tripulação foi no bloco de Alísios e, especificamente, Gerrard apareceu pela primeira vez nessa carta aqui.
Essa carta tem nada de especial, mas como ela é a nº1 do bloco então digo que foi sua primeira aparição apenas por ordem da coleção mesmo e não por sentido de Lore ou algo do tipo.
Alísios faz parte do bloco de Miragem, mas seu Lore está totalmente desfocado em relação às outras duas coleções. Miragem e Visões retratam o continente de Jamuraa e sua guerra contra Kaervek, as ações de Teferi e etc., não houve menção do grupo nas cartas do bloco por isso, em Alísios a narrativa é de uma saga totalmente nova desvinculada dos blocos anteriores.
Apenas uma curiosidade, caso você nunca tenha percebido isso, mas o nome original do bloco é Weatherlight que é o nome do navio Bons Ventos... acredito que não colocaram o nome da coleção de Bons Ventos somente pelo fato de que ficariam estranho e ai colocaram Alísios que significa “ ventos regulares que sopram constantemente sobre quase uma terça parte da superfície do globo”.
Como falamos anteriormente, Urza iniciou sua criação de meta humanos através de suas experiências com diversas famílias em Dominaria. Mas seus planos foram descobertos pelos Phyrexianos e uma chacina foi realizada em diversos locais em potencial para a criação desses seres superiores.
Um desses locais foi a cidade de Benalia.
Gerrard nasceu no clã dos Capashenos, mas sua família foi alvo dos ataques Phyrexianos e, para sobreviver, Karn que, já desde essa época cuidava do rapaz, fugiu com o rebento e partiu para o continente de Jamuraa. Ao chegar lá, Karn deixou a criança sob os cuidados de um poderoso Sidar.
E você comprou o deck e nem sabia quem era esse rapaz, não é mesmo?
Isso mesmo, Sidar Kondo foi o pai adotivo de Gerrard e graças a ele foi que o herdeiro de Urza sobreviveu e cresceu para se tornar o “heroi” de Dominaria. Coloquei as aspas porque esse título de heróis nunca foi algo que Gerrard aspirou. Na verdade, como veremos, ele sempre foi rebelde e lutava contra o próprio destino e isso fazia dele o herói prefeito, mas ele nunca encarou a si mesmo dessa forma.
Somente uma carta faz alguma referência ao Sidar.
Além do Sidar, Karn também ficou para cuidar do garoto Capasheno e, provavelmente, quando ele tivesse a idade apropriada ele seria orientado sobre o Legado e Phyrexianos.
Porém quando se enfrenta a força de Phyrexia, nunca existe segurança.
O Sidar possuía um filho chamado Vuel. Gerrard e Vuel cresceram juntos como irmãos. Receberam treinamento militar, lutaram, sobreviveram e se tornaram uma família... isso até o dia do teste final de Vuel. Como em muitas tribos, para se alcançar a maioridade – o status de homem – os jovens realizam algum teste de vida e morte e nesse caso não foi diferente.
O teste era simples. Vuel deveria escalar um platô sem ajudar de ninguém. Foi nesse momento que a garra de Phyrexia se estendeu até a tribo do Sidar.
Um homem, não, um exilado vindo de Rath foi o agente da desgraça que estava prestes a acontecer.
Starke ii-Vec foi expulso do clã não pó se ajuntar aos Phyrexianos, mas sim por ter se casado com uma mulher en-Dal. Sua filha, Takara en-Dal, foi mantida em custódia na Fortaleza para que Starke agisse como agente Phyrexianos.
Sua primeira tarefa foi achar um novo Evincar.
Os preparativos para o rito de passagem de Vuel estavam todos prontos e os filhos do Sidar estavam empolgados com tudo aquilo. Vuel estava se preparando para o ritual e estava passando a tinta do ritual pelo rosto e corpo, mas o que ninguém sabia era que a pinta havia sido envenenada por Starke. Não era um veneno letal, mas um que retardaria os movimentos e sentido do rapaz.
O ritual teve início e Vuel estava se saindo bem até que os efeitos do veneno começaram a surtir efeito. Enquanto escalava o platô, Vuel começou a sentir os efeitos do veneno e escorregou. A beira da morte, o jovem futuro Sidar já estava preparado para isso, mas o que ele não esperava era a intervenção de Gerrard. Todos estavam assistindo-o realizar o rito de passagem, mas foi Gerrard que se comoveu pelo irmão e correu para ajudá-lo, todavia Gerrard não pôde prever os eventos seguintes.
Como Vuel falhara em seu rito de passagem e ainda obteve ajuda do irmão, ele deveria ser banido do clã. O Sidar não podia conceber a ideia de um filho fraco como ele. Vuel então foi exilado e começou a vagar pelas terras ermas ate que Starke o encontrou. O agente Phyrexianos manipulou os sentimentos do rapaz fazendo-o acreditar que tudo aquilo era culpa de Gerrard e que, na verdade, o filho adotivo do Sidar estava atrás do seu direito de herança.
Revoltado e amargurado com seu meio irmão, ele ajuntou mercenários e retornou a sua tribo para matar Gerrard e seu pai.
Foi um terrível massacre. A tribo foi dizimada e Vuel matou o próprio pai, mas aquele por quem ele nutria maior ódio não estava lá. Gerrard havia partido para receber treinamento em Yavimaya sob a tutela de Multani.
Isso gerou mais ódio em Vuel que, para se vingar pela tentativa de Gerrard de se apossar do seu direito de primogênito, também se apoderou da herança dele.
Eu não sei bem quantas ou quais partes do Legado foram trazidas com Karn quando ele veio para Jamuraa, mas havia algumas partes do Legado na tribo que foram surrupiadas por Vuel.
Ao que tudo indica, Karn já estava pacificado quando veio para Jamuraa.
Porém mesmo assim ele tentou deter Vuel, mas sua ação foi interrompida quando o filho do Sidar ativou o artefato que o fez se tornar uma estátua.
Vuel levou os artefatos de Gerrard e partiu deixando um rastro de mortandade atrás dele. Conforme sua sede por poder crescia e seu ódio por Gerrard aumentava, ele acabou sendo transportado para o obscuro plano de Rath por meio de um portal que Starke conhecia. Ao chegar ao plano de Rath à melódica voz do Pai das Máquinas seduziu a alma perdida dele que por conseqüência se entregou completamente para Phyrexia.
E como sabemos, Phyrexia sempre procura aprimorar seus escolhidos. Vuel foi transformado e aperfeiçoado para se tornar o novo Evincar de Rath.
Foi assim que nasceu Vuel of Rath que tornou-se conhecido como...
Sisay
A família de Sisay também fora manipulada pelos experimentos de Urza e fez parte do projeto Bloodline. Como prova da “bondade” de Urza, o Bons Ventos foi dada a sua família como herança. Os agentes Phyrexianos descobriram essa artimanha do planinauta e assassinaram seus pais, deixando-a órfã. Como ela sobreviveu isso é um enigma, mas o fato é que a jovem escapou e cresceu cercada por lendas familiares.
A propósito, existe uma carta que faz referência a mãe dela. Talvez seja a mãe dela na imagem ou talvez não... isso só os deuses sabem.
Como a garota era órfã, seus pais não tiveram a oportunidade tempo de lhe falar a verdade sobre o Legado. Para a garota, os artefatos eram uma herança de família e que seus pais foram mortos pelo Senhor da Desolação o qual ela fazia mínima ideia que Yawgmoth. Mas o que ela sabia era que os artefatos eram poderosos o suficiente para matar o Senhor da Desolação e isso foi motivo de sobra para que ela partisse na jornada em busca dos artefatos perdidos.
A juventude da jovem capitã foi um tanto conturbada. Ela foi capturada em Suq’Ata por escravos que viajavam pelos mares de Jamuraa, para acabar em um navio pirata chamado de Burning Vengeance. Os piratas a resgataram e incendiaram seu antigo captor então ela decide se ajuntar a tripulação como garoto de cabine. Ela aprendeu todos seus truques com o capitão Murad e se tornou uma marinheira completa.
Segundo as lendas Tolarianas, Sisay participou da Guerra de Miragem utilizando seu navio voador para espionar as posições do inimigo. Uma habilidade muito apreciada pelos exércitos de Zhlafir.
Um dia, enquanto estava no rastro de um dos artefatos do Legado, para ser mais preciso: a bolha juju.
Em duvido que algum dia Urza tenha tido senso de humor, mas esse artefato sendo colocado entre os mais poderosos de Dominaria parece ser mais uma travessura de Teferi do que do planinauta... Anyway, enquanto ela estava atrás do artefato, ela se direcionou para Oneah, um continente localizado nas ilhas do Domains, o navio foi atacado por um dragão e ela foi forçada a aterrissar na selva Mwonvuli. Nesse ínterim Tahngarth já havia entrado para a tripulação.
Teferi usou de seus poderes – não sei de fato como, mas sei que na foi domínio mental – e a tripulação do Bons Ventos ajuntou forças com Asmira, Vingadora Santa e Rashida Scalebane e juntos eles conseguiram libertar Mangara.
Sua busca continuou até que ela se encontrasse com os outros membros do projeto Bloodline.
Hanna e Orim
Hanna nasceu da relação de Barrin e Rayne, mas até isso foi uma manipulação de Urza para seu projeto de Bloodline. Ela nasceu em Tolaria, mas não desejava aprender magia como seu pai e isso se deu pelo fato de que, ambos sempre tiveram um péssimo relacionamento. Eles nunca foram do tipo de pai e filha que conversavam e dialogavam e para aumentar mais ainda o furor do pai, Hanna decidiu partir para Nova Argive e estudar em sua universidade para aprender mais sobre artefatos.
Durante sua estadia na universidade Argiviana, ela conheceu Orim, uma curandeira Samita, que também estava lá para aprender um pouco mais sobre técnicas de cura.
Logo as duas também seriam recrutadas para a tripulação do Bons Ventos.
Mirri
Ninguém sabe de qual floresta ela veio. Sua história é totalmente desconhecida para nós. A única coisa que sabemos que é que ela também era uma pária por ter nascido com um olho de cada cor, o que era um sinal de agouro entre sua tribo.
Em seu exílio ela se tornou aluna de Multani junto com Gerrard e Rofellos. Com o passar dos anos, ela criou um amor platônico por Gerrard o qual ela nunca conseguiu expor esse sentimento.
O treinamento deles favoreceu a amizade entre Rofellos e Gerrard que se tornaram grandes amigos. Certa feita, o trio foi enviado por Multani para uma missão de negociação com a tribo Chitr’in, uma tribo de felinos guerreiros. A tribo pediu para que eles passassem a noite com eles e realizassem as negociações no outro dia. Durante a noite, um guerreiro chamado Kellic, se apaixonou por Mirri e tentou conquistá-la, mas isso despertou a fúria de Gerrard que interveio. Para evitar um confronto, Mirri se pôs entre eles, tentando proteger Gerrard.
A única maneira de fazer com que Kellic abandonasse a ideia era se Mirri realizasse um ritual shamantico aonde ela deveria fazer a trajetória do seu Spirit Path e confrontar sua besta interior que a indagaria se ela dveria seguir a tribo Chitr’in ou Gerrard. Ela concordou com os termos e realizou o ritual para invocar essa besta espiritual. Sua forma era de um enorme negro tigre dente de sabre com olhos de fogo. A criatura a alertou qual tipo de vida ela deveria seguir: ficar com Gerrard e nunca ser amada como ela o amava ou permanecer com a tribo e sofrer por ter perdido seu autêntico amor.
Ela enfrentou sua fera espiritual e a derrotou, escolhendo permanecer com Gerrard. Ela pôde partir, mas ela trouxe consigo uma profecia sombria que dizia que seu caminho escolhido levaria Gerrard à morte.
A tripulação original do Bons Ventos era composta por Sisay, Tahngarth, Orim Hanna, Gerrard, Mirri e Rofellos.
Agora que as peças estão todas posicionadas, Phyrexia fará seu movimento...
Consigo sim! Só postar email que eu mando assim que possível.
Drummer, isso mesmo! A Devir mandava para nós. Preto e branco mesmo. Na época que tínhamos que esperar a Dragão Brasil vir com os preços atualizados das cartas.
Consegue digitalizar e disponibilizar para nós?
Cara, que legal que tu tem ainda. Isso e as caixinhas de decks (quarta e quinta edição, ice age, tempest...) deveria ter guardado essas coisas. Você conseguiria digitalizar e mandar para nós? O Arconte certamente deve querer.
Tenho 2 desses informativos, inclusive um com a conclusão do Ciclo de Rath (maio de 1998). Não sei se são os mesmos que vc citou, mas os que eu tenho eram mensais e se chamavam Recado MTG / Devir. Bons tempos!!